Apesar das evidentes dificuldades em obter os 308 votos necessários para aprovar a reforma da Previdência, o governo dará uma última cartada para tentar votar a proposta. Neste domingo (3), Temer deve receber um grupo de parlamentares em almoço no Palácio da Alvorada. À noite, participa de um jantar com presidentes de partidos da base aliada e ministros na residência do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Se houver condições, a ideia é pautar a proposta para ser votada na Câmara no dia 13. Assim, o segundo turno ocorreria em 20 de dezembro.
A reforma é o principal tema em debate na Câmara nesta semana. Enquanto aliados do governo continuam insistindo no convencimento dos deputados para votar a favor da medida, os contrários à proposta atuam em caminho diverso.
Os governistas admitem que ainda não contam com os 308 votos necessários para aprovação da proposta. Na semana passada, o deputado Beto Mansur (PRB-SP), um dos principais articuladores do Planalto, montou uma estratégia envolvendo lideranças aliadas de mais de 20 Estados para ajudá-lo no convencimento e na contagem dos votos. Os números deverão ser apresentados para Temer e ministros neste domingo.
Enquanto isso, partidos de oposição e centrais sindicais contrárias à medida atuam para a rejeição da matéria. Também na semana passada, os presidentes das principais centrais sindicais do país se reuniram com Maia e pediram o adiamento da votação para 2018. Os movimentos estão convocando uma greve geral no dia 5 de dezembro.
Maia tem afirmado que só colocará a matéria em votação quando houver garantia de votos suficientes para aprová-la. Ele já admitiu que, se não for possível passar a reforma neste ano, a votação poderá ficar para depois do Carnaval.