O governador José Ivo Sartori (PMDB) fez um balanço de sua gestão em 2017 na manhã desta sexta-feira (29). Em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha, o governador falou sobre a sua gestão no ano que passou e projetou ações para 2018.
Relação com o governo federal
Sartori ressaltou que apoia as reformas propostas pelo governo de Michel Temer, entre elas, a reforma da Previdência, que, segundo ele, é “necessária”.
O governador falou sobre a polêmica envolvendo o ministro da Secretária do Governo, Carlos Marun (PMDB), que "deveria ser discutida alguma reciprocidade" com Estados que desejassem receber financiamentos de bancos públicos. Sartori disse que não ter se sentido incomodado com a declaração.
—Sempre tive com ele (Marun) uma relação positiva, não me senti incomodado com isso. Não devemos absolutamente nada — afirmou o governador.
Dívida do RS
O governador comemorou a decisão liminar do Supremo Tribunal Federal (STF) que permitiu a renegociação da dívida sem que o Estado retire as ações judiciais que questionam os termos do contrato.
— Eu tenho certeza que com esse processo que ganhamos agora no Supremo Tribunal Federal e o que foi renegociado anteriormente na dívida, vamos economizar R$ 20 bilhões — salientou.
Salários
Quando sobre os salários atrasados, José Ivo Sartori disse que acredita em uma “melhora da economia” para que a folha possa ser paga em dia. O governador também destacou que muitas vezes, são utilizados recursos de hospitais e dos municípios para pagar os salários. E salientou o esforço do governo para realizar os pagamentos dentro do mês.
— Em nenhum momento se deixou de pagar o salário dentro do mês. Todos os salários foram quitados dentro do mês, no máximo até o dia 20 — disse.
Sobre o cenário projetado para 2018, Sartori disse que o “esforço” está sendo feito, mas condicionou o pagamento dos salários a aprovação de medidas como a venda das ações do Banrisul e a aprovação do Regime de Recuperação Fiscal.
Rodovias
De acordo com o governador, em três anos de gestão, o Estado conseguiu recuperar cerca de 2,6 quilômetros de rodovias por meio de financiamentos através do Banco Mundial.
— Eu acho que o grande ganho e a grande prioridade que tínhamos no governo foi a RS-118. Hoje nós sabemos que é possível transitar pela RS-118 — salientou.
Sobre o projeto de concessões de rodovias, a estimativa é de que as primeiras parcerias sejam feitas até a metade de 2018.
Recuperação Fiscal
O governador afirmou que o Regime de Recuperação Fiscal precisa ser aprovado para fortalecer o Estado. De acordo com Sartori, o projeto será mantido com a venda de estatais.
— Essa autorização ajuda a dar força para o Rio Grande do Sul. Não é para o meu governo. Politicamente, isso é importante para dar força para quem governa hoje e quem vai governar amanhã — disse.
A previsão é de que a votação do projeto seja convocada no final do mês de janeiro.