Depois de classificar uma eventual derrota na Reforma da Previdência como responsabilidade também do Congresso, o presidente Michel Temer convocou para a manhã desta quarta-feira (8) uma reunião com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), e com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.
Por trás da declaração do presidente, dada na segunda-feira (6), interpretada como se o governo tivesse "jogado a toalha", há a estratégia do Palácio do Planalto de dividir com a cúpula do Congresso — sobretudo com Maia — a responsabilidade da aprovação da proposta.
Na terça-feira (7), depois de os principais ministros de Temer saírem em defesa da continuidade do empenho do governo no avanço da proposta, o presidente divulgou um vídeo nas redes sociais em que afirma ter cumprido seu dever ao propor uma reforma ao Congresso que corta privilégios.
— Quero transmitir minha ideia de que toda minha energia está voltada para concluir a Reforma da Previdência — afirmou.
Também participam do encontro no Palácio do Planalto o secretário de Previdência, Marcelo Caetano, o relator da proposta, deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), e o deputado Carlos Marun (PMDB/MS), presidente da comissão especial da matéria e que é um dos principais interlocutores do governo no Congresso, apontado como integrante da "tropa de choque" de Temer.
Marun tem, na quinta-feira (9), pelo menos mais uma agenda com o presidente, às 15h, quando Temer o receberá junto com o deputado de Mato Grosso um grupo de prefeitos de seu Estado.