Durou menos de cinco minutos a reunião entre integrantes do Cpers/Sindicato e do governo do Estado para discutir a greve dos professores estaduais. O encontro, que poderia encaminhar o fim paralisação, que já dura 50 dias, ocorreu na tarde desta terça-feira (24) na Secretaria de Educação, na Capital.
A reunião foi marcada por integrantes do núcleo de Porto Alegre do Cpers, que na segunda-feira (23) ocuparam a Coordenadoria Regional de Educação. Para liberarem o prédio, eles solicitavam um novo encontro com o governo gaúcho para discutir o impasse envolvendo os professores.
Logo após a reunião, a presidente do Cpers, Helenir Schürer, frisou que a entidade estava se retirando do encontro porque o governo disse que não apresentaria nenhuma nova proposta.
— Nós estamos em greve há 50 dias. Eu acho que esse movimento, de ser muito rápido, representa isso. A comunidade escolar tem muita pressa — pontuou.
O governo do Estado – representado pelo chefe da Casa Civil, Fábio Branco, e pela secretária-adjunta de Educação, Iara Wortmann – afirmou que a reunião foi convocada pelo sindicato, mas que não teria alguma proposta para apresentar.
— Nós não temos varinha mágica, ou plano B. Nós não temos recuado ou avançado porque esta é a realidade do Estado hoje — frisou Branco, reiterando que a principal forma de o Rio Grande do Sul sair da situação financeira atual é aderindo ao Plano de Recuperação Fiscal proposto pelo governo federal.
Na segunda-feira, o Piratini daria início às transferências de alunos de escolas em greve para outras instituições estaduais. No entanto, membros do Cpers bloquearam os acessos a diversas Coordenadorias Regionais de Educação.
As transferências de alunos começaram na manhã desta terça-feira e pelo menos 100 estudantes já solicitaram troca de escola. A medida busca atender, principalmente, alunos do 9º ano de Ensino Fundamental e do 3º ano do Ensino Médio.