No mesmo dia em que o presidente Michel Temer sancionou a reforma trabalhista e a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara rejeitou denúncia contra o chefe do Executivo nacional, grupos contrários ao governo federal se reuniram em protesto no centro de Porto Alegre no fim da tarde desta quinta-feira (13). O evento ocorreu na Esquina Democrática, local usado tradicionalmente pelos manifestantes. O ato, que começou por volta das 17h, ficou praticamente bipolarizado em "Fora, Temer" e mensagens de apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado a nove anos e meio de prisão na última quarta-feira (12).
"Nós, da CTB (Central dos Trabalhadores e das Trabalhadoras do Brasil), prestamos toda solidariedade ao ex-presidente, operário, Luiz Inácio Lula da Silva", disse Silvana Conti aos participantes do protesto.
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Sindicatos, entidades de classe, estudantes, representantes de partidos políticos e movimentos sociais estavam entre os participantes da manifestação. Um carro de som foi utilizado para discursos. As reformas da agenda fiscal proposta pelo Planalto foram criticadas no ato, principalmente, a da Previdência e a trabalhista – que passou pela última etapa no Congresso na terça-feira (13) e foi sancionada por Temer nesta quinta.
O protesto foi tranquilo e sem combate entre Brigada Militar (BM) e manifestantes. Em certo momento, um homem pichou "Fora, Temer" em uma banca de jornais e revistas. A BM monitorou o ato em uma área mais afastada da concentração. Agentes da EPTC também acompanharam a movimentação para prevenir possíveis transtornos no trânsito da região. Alguns dos organizadores do evento falaram que o protesto é uma vigília contra as reformas do governo e em apoio a Lula.
Os manifestantes dispersaram do local, pacificamente, por volta das 20h. Não houve caminhada pelas ruas das cidades como em outros protestos nesses moldes.
*Zero Hora