O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), afirmou nesta segunda-feira (3)ser "constrangedor para todo o brasileiro ter um presidente da República denunciado criminalmente no Supremo Tribunal Federal (STF)". Encarregado de escolher o relator da denúncia por corrupção contra Michel Temer (PMDB) na comissão, o parlamentar disse que sua decisão levará em conta critérios técnicos, como conhecimento jurídico. Pacheco falou para a Rádio Super Notícia, de Minas Gerais.
– É constrangedor para todo brasileiro ter um presidente da república denunciado criminalmente no STF. A pura existência da denúncia já é um fato grave e que tem que ser encarado com a maior responsabilidade possível – disse Pacheco.
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Integrante do mesmo partido de Temer, o deputado disse não se sentir pressionado para fazer a escolha.
– Se há objetivamente pressão ou não é uma avaliação que eu não consigo ter dimensão. Eu não me sinto pressionado, seja por parte do governo, que tem um interesse natural nessa matéria, como eu não me sinto pressionado pela oposição – afirmou.
Segundo o deputado, a definição sobre o relator da denúncia deverá ocorrer nesta terça-feira (4). Pacheco afirmou que escolherá alguém que tenha conhecimento jurídico e relativa independência.
– Quando eu falo relativa independência, nós temos de reconhecer que nós estamos dentro de uma casa política, que os deputados têm filiações partidárias, têm posições políticas, têm suas preferências. Todos eles, seja base de governo, seja de oposição, até um deputado independente tem, em algum momento, a sua opinião. Então, essa relativa independência é alguém que possa fazer preponderar os aspectos jurídicos dessa denúncia a algum apelo ou conveniência política – disse o deputado.