O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, defendeu, na manhã desta quarta-feira (24), eleições diretas para a Presidência da República ainda este ano.
– Para nós, 'Fora, Temer' virou passado. Não adianta sair Temer e entrar Meirelles, Carmem Lúcia ou Rodrigo Maia. O que interessa são Diretas Já – afirmou a jornalistas.
Leia mais:
Centrais sindicais prometem reunir 100 mil em protesto contra Temer
Partidos nanicos e médios querem Rodrigo Maia na Presidência
Aliados de Temer articulam CPI e projeto contra a JBS
Por outro lado, o deputado Paulinho da Força afirmou que "está todo mundo esperando o julgamento da chapa Dilma-Temer no TSE (Tribunal Superior Eleitoral)" para saber se eleições diretas seriam viáveis. Paulinho acha que a aprovação de uma Proposta de Emenda à Constituição prevendo eleições diretas é "muito difícil" e "impeachment inviável".
– Sou especialista em impeachment, são oito ou nove meses duração. Não dá para imaginar que terá impeachment (de Temer) – afirmou Paulinho. – Independente se governo saia ou fique, governo tem que levar em conta o povo.
CUT, Força Sindical e outros sindicatos de várias partes do Brasil organizam nesta quarta-feira a Marcha das Centrais Sindicais a Brasília. Agora, eles estimam que conseguirão reunir na Esplanada dos Ministérios 50 mil manifestantes, e não mais 100 mil, como inicialmente previsto, para protestar contra as reformas trabalhista e previdenciária.
A renúncia do presidente Michel Temer, depois da delação da JBS, também deve ser uma das bandeiras do movimento. A previsão é que a Marcha comece às 11h, mas os atos em frente ao Congresso devem se intensificar somente perto das 16h, segundo os organizadores.