Um grupo de manifestantes invadiu o plenário da Câmara dos Deputados na tarde desta quarta-feira. O protesto teve empurra-empurra com a segurança da Casa.
O grupo quebrou a porta de acesso ao plenário e ocupou a mesa direta. Um dos vice-presidentes da Casa, Waldir Maranhão (PP-MA) comandava a sessão no momento da invasão. Ele encerrou os trabalhos, mas ficou no plenário.
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No plenário, os manifestantes pediam o fim da corrupção e gritavam "viva Sergio Moro" e "queremos general", em um pedido de intervenção militar. Deputados tentam conversar com o grupo para que eles deixem a Câmara. O grupo diz ainda que se organizou pelas redes sociais, que não está ligado a partidos políticos, apoiam as 10 medidas do MPF e são contrários aos supersalários.
Darcisio Perondi (PMDB-RS) classificou os manifestantes como "radicais de direita" e que os deputados devem chamar a PF para retirar os manifestantes do Plenário.
Durante o protesto, manifestantes entraram em confronto com policiais legislativos da Câmara, que tentam retirá-los do plenário. Alguns seguranças da Casa usaram pistola de choque para conter alguns manifestantes, que dizem ser de vários Estados brasileiros. Jornalistas e funcionários da Câmara que acompanhavam o protesto também foram retirados do plenário.
O pacote anticorrupção está previsto para ser votado na tarde desta quarta-feira na comissão especial da Câmara que analisa a matéria. Entre outros pontos, o pacote prevê tipificação do crime de caixa 2. Deputados articulavam a votação da anistia para políticos, partidos e empresários que cometeram o crime antes da aprovação do pacote.
O Plenário foi isolado. Por volta das 17h, policiais legislativos chegaram com escudos e capacetes e iniciaram a desocupação. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, afirmou que não dialogará com invasores, e que todos serão detidos e levados à Polícia Federal.