Contrários à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, a PEC do teto, manifestantes bloquearam o cruzamento das avenidas Mauá e da Legalidade e da Democracia, sentido Interior-Capital, no início da manhã desta segunda-feira. O ato provocou longos congestionamentos no acesso a Porto Alegre. Por volta de 8h, o grupamento de Choque da Brigada Militar agiu para desbloquear o trânsito, com utilização de bombas de gás lacrimogênio.
O grupo seguiu em caminhada até a sede do Cpers, na Avenida Alberto Bins, onde foi agregado por diversas categorias de trabalhadores, principalmente professores. De lá, foram em caminhada, trancando ruas, até o Palácio Piratini.
Parte do Dia de Luta em Defesa da Educação Pública, os manifestantes são contra a PEC que estabelece um limite para o aumento dos gastos públicos pelos próximos 20 anos. Aprovada em primeira votação na Câmara, com uma larga vantagem, ela volta ao plenário para votação em segundo turno na terça-feira. Inicialmente, seria na segunda, mas o governo teve medo de que não houvesse quórum. Há um acordo prévio presumindo a que a PEC será votada em primeiro turno no Senado em 29 de novembro e, em segundo turno, em 13 de dezembro.
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Os manifestantes t e também repudiam a Medida Provisória 746/2106 (sobre a reforma do Ensino Médio), o Projeto de Lei 190/2015 (a Lei da Mordaça) e a Reforma da Previdência.
No final do ato, a diretoria do Cpers entregou um pedido de impeachment do governador José Ivo Sartori à Assembleia Legislativa. O governo emitiu nota em que classificou como "radicalização política" e "inconsistente", além de dizer que o pedido "não ajuda o Estado a superar a crise financeira e a melhorar a qualidade do ensino".