A ex-senadora e candidata à presidência da República, Marina Silva, se mostrou contrária à proposta da presidente afastada Dilma Rousseff, de haver uma consulta popular caso volte ao poder: "Não está previsto na Constituição".
Em entrevista ao Timeline Gaúcha desta sexta-feira (10), Marina repetiu que apoia que a chapa de Dilma e Temer seja cassada pelo Tribunal Superior Eleitoral, o que obrigaria o chamamento de novas eleições: "Defendo que TSE faça julgamento, e se for confirmado que o dinheiro foi usado para fraudar, que se tenha novas eleições".
Marina Silva disse ainda não ter posição sobre candidatura em 2018, mas, caso vença, garantiu que não concorrerá à reeleição por convicções políticas.
Ela disse ainda que Dilma e Temer deveriam renunciar: "O mais correto seria ela e o vice presidente terem renunciados. Constituição prevê a renúncia, o impeachment e a cassação pelo TSE. O PT fica dizendo que impeachment é golpe. E Dilma entende que renúncia é ato de fraqueza. Renúncia não é fraqueza. É ato de muita coragem. Não se pode colocar sua própria eleição à frente do interesse da população".
A fundadora da Rede Sustentabilidade relembrou os debates da corrida presidencial de 2014: "Presidente Dilma disse que eu iria tirar comida da boca do trabalhador. Ela mesma quem tirou". E não poupou os partidos da chapa da presidente afastada: "O PT e o PMDB são faces da mesma moeda. Criaram a maior crise da história, com esse esquema de corrupção chamado Petrolão".
Marina disse ainda que 'presidencialismo de coalizão virou presidencialismo de destruição', com a desestabilização da economia. E por fim disse que é uma candidata que busca saídas para o País: "Mesmo que tenha sido destruída nas eleições, não entrei nessa de ser oposição raivosa".