O governador Tarso Genro (PT), candidato à reeleição, afirmou nesta terça-feira (7) que a estratégia do PT no segundo turno será explorar a comparação entre a atual administração petista e os governos anteriores do PMDB no Estado, como o de Antonio Britto (1995-1998). Tarso foi entrevistado no programa Gaúcha Atualidade.
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Segundo o governador, as comparações serão sobre as administrações e sem explorar “ofensas de natureza pessoal”.
“Não se trata de explorar quem é o melhor governante. E sim um debate simbolizando 'onde você esteve no verão passado'. Trata-se de qual projeto esse partido (PMDB) defendeu. Na questão da dívida, 15 anos atrás, isso levou o Rio Grande do Sul à beira da ruína econômica. Isso foi feito pelo governo Britto com o apoio do então deputado Sartori”, criticou.
O governador também indicou que vai explorar o aumento de impostos no governo do peemedebista Germano Rigotto (2003-2006). Na gestão de Rigotto, houve aumento do ICMS.
“Quem defendeu e quem fez aumento de impostos aqui no Estado? Eu rebaixei impostos. O governo do PMDB fez o mesmo? Ou tentaram outra coisa? Temos que debater. Essa história de não querer olhar o passado pode ser entendida como ‘não quero que saibam o que fiz no passado’. Eu quero que saibam o que fiz no passado”, afirmou.
Apoios
O candidato à reeleição afirmou ainda que vai buscar o apoio de prefeitos pedetistas e integrantes do PDT que tenham identificação com o governo Tarso a fim de apoiá-lo no segundo turno. O PDT anunciou ontem que vai apoiar o candidato José Ivo Sartori (PMDB) no segundo turno, porém registrou algumas divergências.
Tarso Genro também garantiu que vai contar com a presença do ex-presidente Lula e da presidente Dilma Rousseff em sua campanha. Segundo o petista, há possibilidade de Dilma vir ao Estado já neste fim de semana.
Segundo mandato
O governador afirmou ainda que duas áreas serão administradas com “mais profundidade” num eventual segundo mandato: a segurança pública e a atração de investimentos para o Estado.
“Queremos mostrar que o Rio Grande do Sul tem que ter continuidade, que as rupturas permanentes que tem ocorrido não são positivas para o Estado”, disse.
Ouça a entrevista com Tarso Genro