O presidente nacional do PSB, governador de Pernambuco, Eduardo Campos, praticamente descartou o apoio do partido a José Serra, candidato do PSDB à prefeitura de São Paulo. Campos disse que na disputa da prefeitura da capital paulista, considera "mais provável" o PSB lançar candidato próprio. Caso isso não ocorra, ele acredita que a tendência do partido é de se coligar com o candidato do PT, Fernando Haddad.
- Não tendo candidatura própria, o mais provável hoje é que iremos para a aliança que sempre tivemos - afirmou Campos, referindo-se à base de apoio da presidente Dilma Rousseff, da qual faz parte. - Esse é o sentimento que eu acolho. Agora, a decisão só vai vir em junho. Isso está em movimento, está em debate e quem vai decidir tem de levar em conta a situação municipal e nacional - ressaltou.
Eduardo Campos falou no Senado, após solicitar ao presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), que encaminhe em regime de urgência a proposta de liberação do empréstimo do Banco Mundial, no valor de US$ 3,5 bilhões, para Estados da Região Nordeste.
O governador avaliou que a prefeitura de São Paulo, por ser "a mais expressiva cidade do Brasil", tem de ser analisada em todos seus aspectos. "ê necessário ouvir o conjunto do partido no País", frisou.
- Eu não acho provável que o partido decida nessa direção - reiterou, referindo-se ao apoio a José Serra. - Mas respeito o tempo do debate do município para que, quando (o assunto) chegar à direção geral, eu possa expressar opinião com muita clareza. Não vamos atropelar o debate.
Sobre a conversa que teve com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o governador disse que não viu o pedido de Lula para que apoie Fernando Haddad como um "apelo", mas sim como um diálogo político.
- A palavra de Lula é muito importante para o partido, temos respeito pela sua biografia e pela história que temos juntos.
Ele informou que dos 1.200 pré-candidatos do PSB nas eleições municipais, pelos menos 10 dos 15 interessados em disputar as prefeituras de capitais manterão a candidatura até o final.