O candidato do PSDB ao governo do Estado, Eduardo Leite, defendeu nesta quinta-feira (27), em entrevista à Rádio Gaúcha, que é o postulante ao Piratini que tem as ideias mais liberais na economia neste segundo turno. Questionado sobre conversas com grupos de empresários gaúchos, Leite respondeu que alguns ainda não têm clareza sobre as diferenças de posicionamento fiscal entre os dois nomes que disputam a eleição no Rio Grande do Sul.
A entrevista, durante o programa Gaúcha Atualidade, teve 30 minutos de duração. Na quarta-feira (26), Onyx Lorenzoni (PL) foi entrevistado no mesmo espaço.
— As minhas ações para criar um ambiente melhor de negócios no Estado, que é importante não para o empresário, mas para o emprego e a renda da população, que se movimenta a partir dos empresários, falam por si. Infelizmente, alguns não conseguem ter clareza, me parece, que de fato não somos iguais do ponto de vista da visão liberal para a economia, eu e o meu adversário (Onyx). Ele defende rescindir o regime de recuperação fiscal, suspender privatizações, promete mundos e fundos para todo mundo, sem dizer de onde vêm os fundos — afirmou Leite.
O ex-governador também voltou a defender os termos do contrato do regime de recuperação fiscal que foi encaminhado junto ao governo federal durante a sua gestão. O tema ganhou destaque nos últimos dias, a partir de enfrentamentos entre Onyx e Leite em debates.
Em relação ao futuro do IPE Saúde, que atende os servidores públicos estaduais, o tucano defendeu a revisão do sistema de cobrança. A medida, segundo ele, pode aumentar os valores cobrados de parte dos servidores, mas reduzir os custos para outros.
— A gente vai ter que discutir um modelo contributivo. A contribuição mais justa significa adequar a contribuição ao perfil do usuário. A contribuição dos servidores hoje é sobre um percentual dos seus salários. É isso que vai precisar ser adequado, em uma cobrança justa — disse.
Leite prometeu ainda priorizar os investimentos em educação e garantir a oferta de ensino de tempo integral em metade das escolas estaduais gaúchas, em um eventual segundo mandato.
— Praticamente dobramos a carga horária de matemática e língua portuguesa nas escolas. E, além disso, para o próximo ciclo de governo vamos conseguir fazer a expansão do ensino de tempo integral. Já temos o planejamento para chegar a 50% das escolas de Ensino Médio com educação em tempo integral — prometeu.
O candidato admitiu dificuldades para resolver problemas de estruturas em escolas públicas, durante o mandato, citando a questão da "burocracia".
Ouça abaixo a íntegra da entrevista com o candidato Eduardo Leite (PSDB)