A candidata à Presidência da República, Simone Tebet (MDB), criticou na última terça-feira (13) a tese do voto útil, quando o eleitor escolhe não pela preferência por um candidato, mas pela capacidade de ele de vencer, de acordo com as pesquisas de intenção de voto. As informações são do Estadão.
— Essa é uma eleição de dois turnos, não é uma eleição de um turno só. Então a gente tem de saber que não é uma corrida de cem metros. Agora é a hora de o eleitor escolher aquele que, de acordo com sua consciência, é o melhor para o Brasil — defendeu a candidata em entrevista durante agenda de campanha em Salvador, na Bahia.
Tebet avaliou que uma eleição de dois turnos seria benéfica para o país porque inviabilizaria questionamentos sobre a segurança das urnas.
— Se acontecesse de ganhar no primeiro turno, a diferença seria tão pequena que a gente teria de enfrentar quatro anos de discussão de resultado de urna, se as urnas são seguras ou não, de contestação. Então temos de ir para o segundo turno e, no segundo turno, qualquer um que vá, a diferença tende a ser confortável, que dê tranquilidade para o eleitor dizer o seguinte: "as urnas são seguras e o resultado das urnas será respeitado" — justificou Tebet.
A candidata argumentou ainda que vencer em primeiro turno pode significar “ganhar e não levar":
— Tenta-se ganhar no primeiro turno e não leva, não governa. Estenderíamos, levaríamos essa coisa do ódio, do nós contra eles, até 31 de dezembro de 2026. Essa polarização não termina em 2 de outubro.
Críticas
Ciro Gomes (PDT) foi outro candidato a criticar, nessa quarta-feira (14), o voto útil. Pelo Twitter, disse que "não querem deixar sequer as pessoas terem a autonomia e a serenidade de escolher seu candidato numa eleição de dois turnos", acrescentando, ainda, que "não tem fascismo de direita e nem fascismo de esquerda que me abata."