A ex-ministra do Meio Ambiente e candidata à deputada federal Marina Silva (Rede) declarou nesta segunda-feira (12), em coletiva de imprensa realizada em São Paulo, apoio à candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência da República. A reaproximação entre os dois vinha sendo discutida há meses.
— Este é um momento muito importante das nossas trajetórias. Nós estamos vivendo aqui um reencontro político e programático — disse Marina.
Tanto ela quanto Lula ressaltaram, em diversos momentos da coletiva, que o afastamento entre os dois não havia acontecido no âmbito pessoal.
— Conheci a Marina ainda menina, no Acre, com no máximo 20 anos e já querendo fazer revolução. Ela está mais madura e até mais ousada, porque o programa que ela apresenta é ousado e para um país que precisa — declarou o petista.
O programa mencionado engloba propostas para o meio ambiente e contra as mudanças climáticas. Na coletiva, Marina fez duras críticas às invasões de terras indígenas e ao crescimento do desmatamento da Amazônia. Segundo ela, o governo do PT iniciou programas na área ambiental que foram abandonados pela atual gestão.
— É um momento em que temos uma ameaça, que eu considero a ameaça das ameaças, porque coloca em risco algo muito importante: a democracia — disse Marina, afirmando ainda que é preciso derrotar "a semente maléfica do bolsonarismo".
Lula assumiu o compromisso com a pauta apresentada. Destacou que as questões ambientais não serão de um único ministro, mas de todos, de forma transversal. Para o presidenciável, o país precisa virar protagonista internacional na questão do clima. Já a Amazônia, segundo ele, deverá ser protegida e utilizada para pesquisas e estudo.
— Não haverá mais garimpo ilegal nesse país — prometeu.