Em convenção virtual, que chegou a ser alvo de judicialização, o MDB chancelou nesta quarta-feira (27), por 262 votos favoráveis e nove contrários, o nome da senadora Simone Tebet (MS) como primeira candidata mulher do partido à Presidência da República.
O encontro nacional ainda não definiu o candidato à vice-presidente. Em nota divulgada na terça-feira (26), o tucano Tasso Jereissati, cotado para ser vice, declarou que a decisão depende de definições internas da composição política.
— Fui um dos primeiros a manifestar meu entusiasmo pela candidatura da Simone. Acho uma candidatura preparadíssima, e ela é capaz de unir o Brasil. No entanto, a definição da vice depende de uma série de conversas e entendimentos internos de sentido político e eleitoral, em que o propósito final será encontrar aquilo que seja o melhor para a candidatura. Qualquer que seja a decisão, estarei do lado dela — disse Tasso.
Com isso, a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA), que se destacou na CPI da Pandemia, deverá compor a chapa majoritária. A federação PSDB-Cidadania também realizou sua convenção nacional nesta quarta-feira (27) e aprovou, por unanimidade, a coligação com o MDB e o apoio à candidatura de Tebet, o nome da chamada terceira via.
— Gostaria de lembrar que em 2020 o Brasil viu o MDB continuar sendo a maior força política partidária, fizemos o maior número de prefeitos, de vices-prefeitos e vereadores. Agora, podemos ser gigantes para fazer o maior número de deputados e senadores. E sim, estamos preparados para termos uma candidata à Presidência da República e estarmos ao lado do PSDB, do Cidadania para chegarmos ao segundo turno e ganharmos as eleições — disse Simone Tebet durante a transmissão.
A senadora ainda criticou a polarização política, que segundo ela, é responsável pela crise econômica e social. De acordo Tebet, “somente o centro democrático tem a legitimidade para dizer que tem a capacidade de pacificar o país para gerar emprego e renda”.
Na última segunda-feira (25), o filiado do partido em Alagoas Hugo Wanderley Caju, próximo do senador Renan Calheiros (MDB-AL), questionou a segurança do encontro nacional no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). No pedido, o emedebista pediu a anulação do edital de convocação da convenção sob o argumento de que o evento não poderia ser online. Segundo argumentou, a plataforma virtual escolhida não garantiria o sigilo do voto.
O presidente do TSE, ministro Luiz Edson Fachin, rejeitou nesta terça-feira (26) o pedido, e o presidente nacional da MDB, Baleia Rossi, manteve a convenção virtual.