O perfil dos eleitores do Rio Grande do Sul apresenta mudanças em 2022. No Estado, serão 8.593.469 homens e mulheres aptos a votar para presidente, governador, senador, deputado federal e deputado estadual. Conforme dados referentes a eleições majoritárias que constam no sistema do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), recém-atualizado, cruzados pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul (TRE-RS) a pedido de GZH, a faixa etária com maior crescimento é a dos adolescentes de 16 e 17 anos – para esse grupo, o voto não é obrigatório no Brasil.
Serão 80.044 no próximo pleito, um crescimento de 48,8% na comparação com a eleição de 2018. A maior queda se verifica entre os eleitores que têm entre 18 e 20 anos (-22,54%). A faixa etária entre 45 e 59 anos continua sendo a que tem mais eleitores (2.138.813).
— As campanhas para o pessoal se alistar surtiram efeito. Foram feitas várias do TSE e replicadas pelo TRE para aumentar a participação dos jovens. Especialmente essa faixa etária tinha descido um pouco durante a pandemia. E de certa forma, houve um retorno — analisa o coordenador de Eleições do TRE-RS, Cássio Zasso.
O professor de Ciência Política e de Políticas Públicas da Universidade Federal da Rio Grande do Sul (UFRGS), Sérgio Simoni Júnior, também destaca as campanhas dos tribunais para que os jovens façam o título de eleitoral, além do trabalho da imprensa e de movimentos políticos na divulgação do tema.
— A campanha do tribunal eleitoral foi muito voltada para o cadastramento voluntário. Então, os jovens de 16 a 18 anos cresceram no número de alistados em 2022 depois de dois anos de queda. Isso é um fato que marca bastante essa eleição — avalia.
Assim como nas últimas seis eleições majoritárias, o Estado possui mais mulheres do que homens entre os eleitores, 4.524.133 (52,65%) e 4.069.336 (47,35%), respectivamente. O crescimento do eleitorado feminino (+3,20%) também foi maior do que o masculino (+2,47%) em 2022.
Mais votantes com Ensino Superior
Em relação ao grau de escolaridade do eleitorado gaúcho, o maior aumento está entre os que possuem Ensino Superior completo. São 916.315 neste ano contra 750.638 em 2018 — aumento de 22,07%. Com isso, 10,66% de todos os votantes no Estado têm diploma de graduação.
A maior queda está entre as pessoas que apenas leem e escrevem (17%), de 319.333 para 265.060. No caso dos analfabetos, a redução é a segunda maior, 10,80%, de 177.425 para 158.271. O grau de escolaridade que tem mais eleitores no Rio Grande do Sul é o Ensino Fundamental incompleto (2.488.825), seguido do Ensino Médio completo (1.915.339) e Ensino Médio incompleto (1.434.512).
Para o professor Simoni Júnior, o destaque neste ponto é a queda seguida no número de analfabetos e o avanço dos que possuem Ensino Médio completo e Ensino Superior completo e incompleto.
— Esses dados de um lado mostram o avanço da escolaridade que ocorre desde os anos 90 de forma mais consistente. Reflete o avanço das políticas educacionais — complementa, ao ressaltar que os dados mostram "uma inclusão considerável da população".
Porto Alegre é a 10ª cidade do país com mais eleitores
Porto Alegre está na 10ª colocação entre os municípios com maior número de eleitores do país. São 1.103.600 pessoas aptas a votar. A primeira é São Paulo (9.314.259). Confira as demais posições no mapa abaixo.
Município com menor número de eleitores fica no Norte do Estado
Em relação ao Estado, a Capital é a cidade com mais eleitores, seguida de Caxias do Sul (343.453) e Canoas (258.232). Os municípios com os menores eleitorados do Estado são Engenho Velho (1.213), André da Rocha (1.331) e Carlos Gomes (1.377) — veja o ranking completo abaixo:
Em termos percentuais, Itapuca, no Vale do Taquari, foi a cidade que mais perdeu eleitores. Passou de 1.844 para 1.785, redução de 3,20%. Já a que mais ganhou percentualmente foi Eldorado do Sul (+24,15%), passando de 20.980 para 26.046 neste ano.