A reta final da campanha de Nelson Marchezan (PSDB), que busca a reeleição como prefeito de Porto Alegre, começou nesta segunda-feira (9) com o tucano ainda se desdobrando para conciliar os compromissos do Paço Municipal com a agenda de candidato, em compromissos a portas fechadas.
Pela manhã, Marchezan despachou no gabinete e participou de mais uma reunião do Comitê Temporário de Enfrentamento ao Coronavírus. Ao meio-dia, gravou depoimentos para os últimos programas eleitorais de TV e almoçou na produtora.
À tarde, o candidato à reeleição concedeu entrevista à emissora SBT, posou para fotos para reportagem do jornal O Globo, do Rio de Janeiro, e participou, por cerca de uma hora, de uma live no canal de YouTube Sexta-feira 13. Respondendo sobre cultura, Marchezan aproveitou para divulgar a provável concessão do Parque Maurício Sirotsky Sobrinho, o Harmonia, à iniciativa privada — embora o consórcio que ofereceu proposta ainda precise passar por confirmações.
— Entendo que o recurso público cumpre um papel fundamental, mas otimizado. De apoio à cultura, mas uma cultura que se torne sustentável aos poucos. Na concessão do Parque Harmonia, as comemorações de setembro serão garantidas com uma super infraestrutura que a máquina pública nunca deu, e ainda vai ser utilizado como espaço cultural o ano inteiro — declarou o prefeito.
Até o final do dia, Marchezan ainda teria um encontro remoto com profissionais de engenharia e arquitetura e construção civil.
Embora a agenda de prefeito e candidato ainda exija esforços, Marchezan começou a semana com uma obrigação a menos após ter prestado depoimento à comissão processante de impeachment da Câmara Municipal na sexta-feira (6). Ainda ao final da sessão, a defesa de Marchezan requereu o arquivamento do processo em razão do esgotamento do prazo de 90 dias — que ocorreria nesta segunda-feira.
A comissão, todavia, deve seguir os trabalhos argumentando a necessidade de recuperar o tempo em que os trabalhos foram paralisados por força de medidas judiciais. A defesa do prefeito deve pleitear o arquivamento primeiramente ao plenário da Câmara e, se negado, à Justiça.