No dia seguinte ao segundo turno, o prefeito eleito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), falou que é "hora de olhar para frente". Em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha, nesta segunda-feira (30), Melo afirmou que pretende dar início à transição imediatamente, tendo reunião com o atual chefe do Executivo, Nelson Marchezan, durante a tarde.
O eleito afirmou também que pretende, na terça-feira (1º), conversar com o governador Eduardo Leite. Há ainda a intenção de se encontrar com o presidente da República, Jair Bolsonaro, ao longo da semana.
Segundo Melo, a situação da pandemia de coronavírus na cidade será o tema central das conversas com Marchezan e Leite. O emedebista prometeu "responsabilidade e equilíbrio" na tomada de decisões diante do avanço da covid-19, mas ressaltou:
— A cidade não precisa fechar (...) Do ponto de vista do comércio, eu tenho clareza que não devemos fechar os negócios na Capital — disse, citando ainda a necessidade de "conscientização" na área social, para evitar aglomerações.
Melo falou também sobre a formação do secretariado e a relação com a futura Câmara Municipal. A coligação do emedebista elegeu sete parlamentares, mas buscou apoio de bancadas que elegeram, ao todo, 24 vereadores.
— A estratégia é: "Eu quero isso para a segurança, quais os quadros que os partidos dispõem?". Se eles não apresentarem bons quadros, não vão levar — afirmou, sem adiantar nomes que pretende contar na futura gestão.
— Não há espaço para conchavo no nosso governo — acrescentou.
O futuro prefeito também falou sobre a melhoria dos serviços públicos na Capital. Melo afirmou que cogita realizar uma reforma administrativa e que pensa em criar subprefeituras em diferentes regiões da cidade.
— A prefeitura precisa se aproximar da população. A descentralização tem que funcionar. E tem que unir. Não adianta olhar só a poda da árvore, porque tem o lixo. Tem que ter uma zeladoria com maior integração com serviços da cidade.