As eleições municipais no Rio Grande do Sul são assunto de gente grande — mais especificamente, de candidatos em sua maioria entre 50 e 54 anos.
A maior fatia dos concorrentes, equivalente a 15,3% dos que entraram na disputa, se encontra nessa faixa etária. É uma eleição um pouco mais envelhecida do que a do restante do país, em que a parcela mais numerosa (16%) se encontra entre os 40 e os 44 anos.
O perfil ligeiramente mais idoso dos candidatos gaúchos também se reflete no cálculo da média de idade. No Rio Grande do Sul, ela fica em 47 anos (considerada a data da posse) — um ano e meio acima do patamar nacional, de aproximadamente 45 anos e meio.
Uma das razões para essa divergência é o perfil populacional mais velho no Estado em comparação com outras localidades do país (em razão de fatores como menor taxa de natalidade e maior expectativa de vida). Outro fator é um menor interesse relativo das camadas mais jovens da população gaúcha de entrar na política.
Embora em números absolutos a quantidade de candidatos com menos de 25 anos tenha aumentado nos últimos quatro anos, em termos proporcionais a fração de concorrentes registrados com esse perfil recuou de 3,2%, em 2016, para 2,8% agora. Isso ocorre porque a adesão à política por parte de pessoas mais velhas foi ainda maior.
Como resultado, a idade média se eleva. O padrão da faixa etária também varia conforme o partido. Entre aqueles com patamar de idade mais elevado no Rio Grande do Sul estão o PDT e o MDB, com média próxima de 48 anos. Já o PSOL tem uma das médias mais baixas, com cerca de 41 anos.