Encerrado o prazo das convenções partidárias, na quarta-feira (16), estão definidos os 13 concorrentes à prefeitura de Porto Alegre. Trata-se do maior número de candidatos da história, superando os 12 nomes que se candidataram a suceder de Tarso Genro (PT) em 1996.
A proliferação de nomes se explica, em parte, pela nova legislação que deu fim às coligações para as eleições de vereadores. Alguns partidos optaram por lançar candidaturas próprias à prefeitura para dar visibilidade aos candidatos à Câmara Municipal das respectivas legendas. Seis candidatos concorrem sem coligações.
Em Porto Alegre, curiosamente, os dois partidos com as maiores bancadas na Câmara de Deputados, em Brasília, não estão nas cabeças de chapa. O PT, maior bancada de deputados federais, está na coligação de Manuela D’Ávila (PCdoB), e o PSL, a segunda maior, apoia Nelson Marchezan (PSDB).
Também chama a atenção as relações eleitorais pregressas entre os candidatos: Sebastião Melo (MDB) já foi vice-prefeito de José Fortunati (PTB), e Gustavo Paim (PP) é o atual vice-prefeito de Nelson Marchezan (PSDB).
A campanha começa oficialmente em 27 de setembro. A propaganda eleitoral em rádio e TV será veiculada entre 9 de outubro e 12 de novembro. O primeiro turno das eleições municipais ocorre em 15 de novembro. O segundo, se houver, em 29 de novembro.
Confira mais sobre concorrentes ao Paço Municipal, em ordem alfabética:
Deputada federal eleita em 2018, vinha de três eleições como vereadora. Em 2016, foi a vereadora mais votada da cidade (14,6 mil votos), fazendo quase cinco vezes o número de votos da primeira eleição, em 2008 (2,9 mil). É biblioteconomista pela UFRGS e servidora licenciada do Banrisul.
Vice: Márcio Chagas (PSOL)
Coligação: PSOL, PCB e UP
Atual vice-prefeito, Paim rompeu com Marchezan em setembro de 2019. Na eleição passada, foi um dos nomes que articulou o apoio do PP ao então candidato tucano. Em 2020, chegou a desistir da candidatura e voltou atrás. É advogado, doutor em Direito e especialista em Administração Pública pela UFRGS, além de professor universitário.
Vice: Carmen Santos (Avante)
Coligação: PP e Avante
Medalhista olímpico e campeão mundial de judô, ingressou na política como vereador em 2012, pelo PCdoB. Em 2014, se elegeu deputado federal e trocou a legenda pela Rede. Após concorrer e não se reeleger em 2018, trocou a Rede pelo Republicanos (então PRB) e, em 2019, assumiu a pasta de Esportes no governo do Estado.
Vice: Fernando Soares (Republicanos)
Coligação: não tem
Foi eleito vice-prefeito pela primeira vez em 1997 (do prefeito Raul Pont, do PT) e depois em 2008, assumindo a prefeitura em 2010, quando o titular José Fogaça (MDB) concorreu ao governo do Estado. Em 2012, concorreu pelo PDT e se elegeu em primeiro turno, com 65,2% dos votos. Bancário, chegou a iniciar um mestrado em Lisboa em Ciências Políticas em 2019, mas retornou em março ao Brasil para concorrer pelo PTB.
Vice: André Cecchini (Patriota)
Coligação: PTB, Patriota e Podemos
Advogada com mestrado em Ciências Criminais pela PUCRS, Juliana foi secretária municipal da Juventude no governo José Fogaça, entre 2007 e 2008. Em 2008, foi eleita vereadora e dois anos depois, deputada estadual. Atualmente está no terceiro mandato na Assembleia, sempre pelo PDT do avô Leonel Brizola.
Vice: Maria Luiza Loose (PSB)
Coligação: PDT, PSB e Rede
Já foi candidato pelo PSTU a vereador, prefeito, deputado estadual, senador e governador. Flores é professor de matemática e foi diretor do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre.
Vice: Vera Rosane (PSTU)
Coligação: não tem
Concorre pela primeira vez a prefeito. Em 2016, candidatou-se a vereador também pelo PCO. É servidor dos Correios.
Vice: Delaine Kalikosky de Oliveira (PCO)
Coligação: não tem
Jornalista pela PUCRS, Manuela concorre pela terceira vez à prefeitura de Porto Alegre. Foi a terceira colocada em 2008 e segunda em 2012. Vereadora eleita em 2004, se tornaria a deputada federal mais votada do RS nas eleições seguintes, com 271,9 mil (2006) e 482,5 mil votos (2010). Em 2014, se elegeu deputada estadual. Nas eleições presidenciais de 2018, foi vice de Fernando Haddad (PT).
Vice: Miguel Rossetto (PT)
Coligação: PCdoB e PT
Volta às urnas 10 anos após concorrer a governador em 2010, também pelo PV, quando fez 2,1% dos votos. É médico psiquiatra no Juizado da Infância e da Juventude.
Vice: Alda Miller (PV)
Coligação: não tem
Atual prefeito, Marchezan concorre à reeleição. Filho do ex-deputado Nelson Marchezan, elegeu-se pela primeira vez deputado estadual em 2006. Em 2010, foi eleito para a Câmara Federal e reeleito em 2014. Marchezan é formado em Direito pela Unisinos. Paralelamente à eleição, defende-se de um processo de impeachment na Câmara Municipal.
Vice: Gustavo Jardim (PSL)
Coligação: PSDB, PL e PSL
Maroni concorreu pela primeira vez a vereador em 2012, pelo PCdoB. Foi suplente, e assumiu o mandato em 2015, após João Derly se eleger deputado federal. Desde então, concorreu e foi eleito duas vezes por outros dois partidos. Vereador em 2016, pelo PR, e deputado estadual em 2018 pelo Podemos. Em 2020, concorre pelo Pros.
Vice: Edelberto Mendonça (PROS)
Coligação: não tem
Formado em Direito pela Unisinos, Sebastião Melo vinha de três mandatos como vereador quando foi eleito vice-prefeito na chapa de José Fortunati em 2012. Tentou sucedê-lo em 2016, mas ficou em segundo lugar, superado por Marchezan. Em 2018, foi eleito deputado estadual, sempre pelo MDB.
Vice: Ricardo Gomes (DEM)
Coligação: MDB, Cidadania, Democracia Cristã, DEM, PRTB, PTC e SD
Vereador no terceiro mandato consecutivo, Nagelstein deixou o MDB no final de 2019 com a intenção de concorrer à prefeitura. Antes, nas eleições de 2018, concorreu a deputado federal pelo MDB, mas não se elegeu. Em março passado, se filiou ao PSD. Fez parte do secretariado do governo José Fortunati.
Vice: João Carlos da Luz Diogo (PSD)
Coligação: não tem