O candidato do PSOL à Presidência da República, Guilherme Boulos, foi o sexto entrevistado da série do Gaúcha Atualidade com os presidenciáveis. Nesta segunda-feira (1º), a menos de uma semana do primeiro turno, o candidato manteve o tom da campanha – contra privilégios e desigualdades – e criticou a atual proposta de reforma da Previdência:
— Reforma da Previdência não pode mexer com o direito dos trabalhadores, com quem trabalhou a vida toda e vai receber um benefício de prestação continuada, com um salário mínimo ou dois — disse o candidato.
Para Boulos, a idade mínima de 65 anos estabelecida na reforma defendida pelo governo de Michel Temer “é uma covardia e uma hipocrisia” do atual presidente, que “se aposentou com 52 anos ganhando mais de R$ 32 mil”.
— Se nós queremos fazer mudança, vamos mexer com os privilégios. Vamos, por exemplo, cobrar dívidas das grandes empresas, (R$) 400 bilhões que não são cobrados; acabar com desonerações em folha; vamos revogar a reforma trabalhista, que jogou milhões na informalidade; vamos acabar com a Desvinculação de Receitas da União (DRU), que destina um terço de recursos que deveriam ir para a seguridade social para outras finalidades, inclusive dívida pública — defendeu Boulos.
A seis dias das eleições de 2018, o candidato do PSOL disse que a estratégia do partido na reta final de campanha será “conversar com as pessoas e tentar não tratar o primeiro turno como voto útil”. No entanto, defendeu a posição em um eventual segundo turno entre Fernando Haddad (PT) e Jair Bolsonaro (PSL):
— É evidente que vamos derrotar o atraso. Jair Bolsonaro não é adversário eleitoral, é adversário para o Brasil.
Ouça a entrevista completa: