Confira as propostas para a política econômica que estão nos planos de governo dos dois candidatos que disputam o segundo turno da eleição presidencial:
Jair Bolsonaro
Aposta na independência do Banco Central, com a manutenção de metas fiscal e de inflação, além de câmbio flexível. Defende o viés liberal, com a redução do tamanho do Estado a partir da venda ou da extinção de cerca de 50 estatais no início do governo.
Na política externa, quer acordos bilaterais, com aproximação de Estados Unidos, Israel e Itália. Propõe a criação do Ministério da Economia, que concentraria as funções hoje exercidas pelas pastas da Fazenda, do Planejamento e da Indústria e Comércio, além de responder por programas de parcerias de investimentos e pelas instituições financeiras federais.
Promete eliminar o déficit público no primeiro ano de governo, a partir da redução dos gastos públicos e do corte de renúncias fiscais. Quer diminuir e simplificar a carga tributária. Contribuintes que recebem até cinco salários mínimos – R$ 5.030 em 2019 – estariam isentos de imposto de renda.
Fernando Haddad
Apesar de incluir o “sistema dual” , em que a política de juros do Banco Central seria influenciada por duas metas – inflação e criação de empregos –, apenas o avanço inflacionário deverá ser mantido sob o guarda-chuva da instituição em eventual governo.
É contrário a privatizações de estatais. Defende a manutenção de juros baixos. Na política externa, visa a acordos multilaterais, buscando parcerias com blocos econômicos. Promete mudanças no sistema bancário para facilitar acesso ao crédito.
Promete revogar a Emenda Constitucional 95, que limita aumento dos gastos públicos ao avanço da inflação. Na área tributária, defende taxar dividendos e a simplificação de impostos. Quem ganha até cinco salários mínimos – R$ 5.030 em 2019 – estaria isento de imposto de renda. Em contrapartida, pretende arrecadar R$ 80 bilhões com os super-ricos – aqueles que estão na faixa de renda que vai de R$ 38,2 mil a R$ 57,2 mil mensais.