O Ministério Público Federal de Minas Gerais (MPF/MG) denunciou Adelio Bispo de Oliveira por "praticar atentado pessoal motivado por inconformismo político", contra o presidenciável Jair Bolsonaro, no ataque realizado no dia 6 de setembro. O atentado ocorreu durante um ato de campanha do candidato do PSL em Juiz de Fora (MG).
Se for condenado, Adelio poderá pegar uma pena de três a dez anos de reclusão, aumentada até o dobro, por conta da lesão corporal grave. De acordo com a denúncia, o objetivo do agressor era o de excluir Bolsonaro da disputa eleitoral. Ele, inclusive, teria se passado por apoiador do candidato, chegando a "insistir" para a retirada de uma foto e "gritando palavras favoráveis".
"Vê-se que o denunciado cometeu o crime mediante insidiosa dissimulação, a qual dificultou a defesa do ofendido, mesmo estando o deputado federal sob imediata proteção de escolta policial", diz o documento.
Para o MPF, a motivação política do ato de Adelio ficou comprovada. Foram encontradas diversas postagens nas redes sociais de Adelio nas quais ele qualificava os políticos como "inúteis", além de pedir a renúncia do atual presidente Michel Temer. Outro ponto destacado na investigação é que Adelio foi filiado a um partido político por sete anos, quando até tentou se candidatar a deputado federal.
"Adélio Bispo de Oliveira agiu, portanto, por inconformismo político. Irresignado com a atuação parlamentar do deputado federal, convertida em plataforma de campanha, insubordinou-se ao ordenamento jurídico, mediante ato que reconhece ser extremo", diz a denúncia.