Na noite desta quinta-feira (4), sete candidatos à Presidência da República debateram na TV Globo. Estiveram presentes Alvaro Dias (Podemos), Ciro Gomes (PDT), Fernando Haddad (PT), Geraldo Alckmin (PSDB), Guilherme Boulos (PSOL), Henrique Meirelles (MDB) e Marina Silva (Rede). Cabo Daciolo (Patriota) não foi convidado para o encontro, e Jair Bolsonaro (PSL) não compareceu por recomendação médica. Os demais candidatos — João Amoêdo (Novo), Eymael (DC), Vera Lúcia (PSTU) e João Goulart Filho (PPL) — não foram convidados devido à falta de representação na Câmara federal.
O quarto e penúltimo bloco do debate da Rede Globo foi de perguntas sobre assuntos escolhidos por sorteio feito pelo mediador. Os tempos seguiram a mesma dinâmica dos blocos anteriores ( 30 segundos para perguntas, um minuto e meio para respostas, um minuto para réplica e um minuto para tréplica).
Quem abriu a sabatina nessa etapa foi Haddad, que escolheu Ciro para falar sobre o assunto escolhido: previdência. O petista quis saber o que o oponente pensa sobre a reforma da previdência.
— Professor em nenhum lugar do mundo é obrigado a dar 49 anos de aula para se aposentar. Ou policial correr atrás de bandido por esse tempo - disse o pedetista, classificando a reforma como 'aberração'.
Ciro deu seguimento aos questionamentos. O tema da vez foi segurança, e o escolhido para responder foi Henrique Meirelles. De acordo com emedebista, entre outras ações, é necessário crescimento econômico para que se possa fazer investimento no setor.
— O estado precisa comprar equipamento e contratar policiais - afirmou Meirelles, que também assinalou a importância de se unificar o as polícias para que haja mais eficiência.
Meirelles continuou no púlpito quando o tópico da vez foi políticas sociais. Para responder sobre o que fazer para que menos pessoas precisem de bolsa família, o emedebista escolheu Geral Alckmin. O tucano disse que a questão social envolve múltiplos aspectos, como emprego e casa.
— Vamos fazer o salário mínimo crescer acima da inflação - acrescentou.
O próximo assunto sorteado foi saneamento. Guilherme Boulos escolheu Geraldo Alckmin e quis saber se saneamento é "negócio" ou direito. O concorrente do PSDB destacou algumas de suas ações à frente do governo de São Paulo, e disse que pretende expandir isso para todo o país. Boulos rebateu dizendo que a população pobre é jogada para a periferia, onde 'não há nada'.
— Pobre tem direito a morar no centro, onde tem saneamento e serviços públicos - ressaltou o socialista.
Alckmin escolheu Alvaro Dias para debater educação. O representante do podemos disse que seu projeto contempla a primeira infância.
— Será grande prioridade do nosso governo — ressaltou.
Marina Silva e Boulos tiveram a chance de falar sobre impostos. A candidata da rede perguntou o que o socialista faria, caso eleito, para que o povo tenha esperança de que recursos de arrecadações sejam bem investidos. Boulos disse que o Brasil é como Robin Hood ao contrário.
— Aqui se tira dos pobres para dar aos ricos.
A última questão foi sobre corrupção. Álvaro Dias escolheu Haddad e quis saber o que vai ocorrer com a Operação Lava-Jato em um eventual governo petista. O ex-prefeito de São Paulo lembrou que foram nos governos do seu partido que instituições como Polícia Federal e Ministério Público ganharam mais autonomia para investigar políticos envolvendo em ilícitos. Dias retrucou dizendo que essas eram palvras ao vento.
- Haddad disse que Lula está preso injustamente. As provas são cabais, definitivas.
Em sua tréplica, o petista disse que que legislação elogiado pelo oponente é toda das gestões petistas.
- Nenhum legislação anterior é mais rigorosa do que a que a gente aprovou. A sujeira que era posta para baixo do tapete agora vem à tona para corrigir as falhas do nosso sistema político.
Ao fim, os candidatos tiveram um minuto para fazer suas considerações finais.