A campanha do candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, ingressou com pedido de investigação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra Fernando Haddad (PT) para apurar suposta propaganda irregular durante show de Roger Waters, ex-integrante da banda Pink Floyd, durante turnê no Brasil. O músico declarou abertamente não concordar com a postura do capitão da reserva, utilizando mensagens em seu show contra o candidato.
Os advogados de Bolsonaro solicitaram que o petista e sua vice, Manuela D'Ávila sejam declarados inelegíveis ao fim do processo. No entendimento da defesa de Bolsonaro, a manifestação de Waters não é apenas propaganda negativa.
A campanha do militar reformado afirma que a empresa que organizou o show (T4F) é beneficiária da Lei Rouanet, que encaminha recursos públicos para a área cultural. No entanto, os defensores informaram não ter provas de que a lei foi usada para financiar os shows de Waters. Eles destacaram que pode ter ocorrido uma espécie de "showmício" bancado com caixa dois e um "conluio" entre a empresa organizadora e a campanha de Haddad para o petista sair vencedor na eleição. O acordo beneficiaria a companhia com a Lei Rouanet.
A defesa de Bolsonaro afirma que o show de Waters em São Paulo, em 9 de outubro, reuniu 45 mil pessoas, salientando que esse número equivale à população de alguns países. No entendimento dos advogados, a atitude do musico poderia colocar em risco a segurança de 45 mil pessoas. Os defensores também destacaram o pedido de Waters à Justiça para visitar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, padrinho político de Haddad, na prisão.
No final da noite, o candidato à presidência pelo PT, Fernando Haddad, ironizou o pedido no seu Twitter.