O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, afirmou acreditar que o "batismo das urnas" terá condição de trazer tranquilidade ao país e que "qualquer resultado (das eleições 2018) será respeitado, inclusive pelos militares". As declarações foram dadas em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo.
Toffoli também foi questionado sobre um eventual indulto que poderia beneficiar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), preso em Curitiba. A respeito de um possível veto por parte do STF, o ministro se limitou a dizer que "a hipótese ainda não está colocada", já que "ninguém ainda decretou, seja algum tipo de anistia, seja o indulto a ele".
Já em relação ao julgamento sobre a constitucionalidade da prisão após condenação em segunda instância, a ser realizado no ano que vem e que poderia beneficiar Lula, Toffoli disse que o Judiciário deve estar preparado para sofrer pressões de todos os lados.
— A decisão atingirá todas as pessoas. Uma parte pede, a outra faz o contraponto. E o juiz deve decidir — afirmou.
Toffoli também tratou da questão do reajuste dos salários dos ministros do STF. De acordo com ele, trata-se apenas de uma revisão dos valores entre os anos de 2009 e 2014.
— O próximo presidente pegará o país com um rombo orçamentário gigante. Não vejo como o subsídio de 11 ministros cause algum rombo — concluiu.