Pelo menos 19 réus e 12 acusados na Lava-Jato e em desdobramentos da operação são candidatos nas eleições de outubro. Segundo levantamento do jornal Folha de S.Paulo, há ainda 63 casos de investigados que são candidatos e outros 15 políticos que tiveram investigações arquivadas e estão novamente concorrendo.
Entre os presidenciáveis, além do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) – que teve a candidatura à Presidência barrada pela Justiça Eleitoral –, a lista de réus e denunciados inclui seu substituto, o também petista Fernando Haddad, alvo de processo na Justiça Eleitoral de São Paulo; Geraldo Alckmin (PSDB), acusado na semana passada em ação de improbidade pelo Ministério Público paulista; e José Maria Eymael (DC), que passou a ser investigado em 2017 na esteira da delação da Odebrecht.
Parte desses políticos aparece bem posicionada em pesquisas de intenções de voto. Em Alagoas, por exemplo, são líderes na mais recente pesquisa do Ibope para o Senado Renan Calheiros, apontado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) como integrante do “quadrilhão” do MDB, e Benedito de Lira, também denunciado como membro de organização criminosa, mas do PP.
A lista ainda inclui lideranças do Congresso que tentam renovar seus mandatos, como Edison Lobão (MDB-MA) e Valdir Raupp (MDB-RO). Repasses via caixa dois estão no centro da maioria das investigações.