Jair Bolsonaro, candidato do PSL ao Planalto, disse nesta terça-feira (4) que o Museu Nacional, no Rio de Janeiro “já pegou fogo” e que, embora tenha “Messias” no nome, não tem “como fazer milagre”. As informações são do portal G1.
— Já está feito, já pegou fogo, quer que faça o quê? O meu nome é Messias, mas eu não tenho como fazer milagre — ironizou Bolsonaro, cujo nome completo é Jair Messias Bolsonaro.
Ele deu a declaração ao ser questionado por jornalistas na saída de uma comissão na Câmara dos Deputados, onde é parlamentar, sobre as propostas para a manutenção do patrimônio histórico do país.
No domingo (2), um incêndio de grandes proporções consumiu todo o interior do prédio do Museu Nacional. O acervo contava com mais de 20 milhões de itens.
Nesta terça, Bolsonaro atribuiu o episódio à indicação política para os cargos de comando do museu.
— A administração toda é de gente filiada ao PSOL e ao PCdoB. A indicação política leva a isso. Os partidos se aproveitam, vendem seu voto aqui dentro [da Câmara] como regra para que a administração seja deficitária e lucrativa para eles, individualmente — afirmou.
A escassez de verbas federais para a manutenção do museu é apontada pela direção da instituição como a razão para o acontecido. Indagado sobre a falta de verbas para o museu, Bolsonaro desconversou:
— Você não tem dinheiro, paciência. Agora, para mim, é dinheiro para quermesse. Homem nu para criança tocar não falta — polemizou.
Em 2017, a performance de um artista nu no Museu de Arte Moderna (MAM), no Ibirapuera, em São Paulo, provocou polêmica nas redes sociais. Um vídeo que viralizou no Facebook mostrava quando uma criança de aproximadamente 4 anos toca o pé do homem.
Bolsonaro ainda foi indagado por um repórter sobre o motivo de ter compartilhado, nesta terça-feira no twitter um vídeo que mostra uma criança contando que a professora afirmou, em sala de aula, que meninos podem usar saia e brinco e pintar a unha.
Bolsonaro devolveu a pergunta ao jornalista:
— Você pintou a unha quando era criança?
Diante da resposta negativa do repórter, retrucou:
— Você tem cara de ter pintado a unha.
O jornalista disse que Bolsonaro não poderia falar daquela maneira com ele, ao que o candidato respondeu:
— Eu não posso o quê, rapaz? Você pergunta o que quer e eu respondo o que eu quero.