O candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) fez a primeira transmissão ao vivo após o atentado que sofreu em ato de campanha, no dia 6 de setembro. Direto do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, o presidenciável chorou, criticou o Supremo Tribunal Federal (STF), disse que as eleições podem ter fraude e afirmou que Fernando Haddad (PT) soltará Lula da cadeia.
Deitado em uma cama na unidade de cuidados semi-intensivos, Bolsonaro iniciou a transmissão ao vivo no Facebook por volta das 18h deste domingo (16). Debilitado e falando pausadamente, não poupou críticas aos ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff. Segundo o candidato, o petista aceitou ser preso pela Operação Lava-Jato porque "tem um plano B" de fraudar as eleições. Ele afirmou que Fernando Haddad, candidato do PT, soltará Lula assim que assumir a presidência.
— O Haddad eleito presidente, ele já falou isso, e se não falou, vocês sabem, assina no mesmo minuto da posse o indulto de Lula. No minuto seguinte, nomeia ele como chefe da Casa Civil — disse.
O candidato do PSL também criticou o STF por acolher uma ação da procuradora-geral da República do Brasil, Raquel Dodge, contra o voto impresso. Ele diz que o voto em papel seria a "única garantia" nas eleições contra uma fraude, porque as urnas eletrônicas foram concedidas por "ministros que não têm conhecimento da informática". Cada voto para o PT, alega o candidato, poderia dar "40 votos" a mais ao partido.
— Por um programa, podem inserir uma média de 40 votos para o PT na maioria das sessões do Brasil. Vão fazer uma bancada enorme de parlamentares.
Ao fim da transmissão, Bolsonaro chorou ao dizer que o que o mantém vivo é Deus e a sua família. Ele espera que, em uma semana, possa estar em casa e conversar com os seus eleitores pelas redes sociais durante o horário eleitoral gratuito.