Premidos entre a crise financeira do Estado e a demanda da população por mais segurança, os candidatos a governador prometem prioridade à área, mas evitam se comprometer com projeções que possam ser cobradas no futuro.
GaúchaZH fez três perguntas sobre o tema a sete concorrentes ao Palácio do Piratini. A reportagem tentou contato com Paulo Medeiros (PCO), mas não obteve retorno.
Confira as respostas de Jairo Jorge (PDT)
1) Em meio à crise econômica, o que o senhor fará para reduzir o déficit de milhares de servidores na Brigada Militar, Polícia Civil, Susepe e IGP? Quantos pretende chamar no seu governo para cada uma das corporações e como pagá-los?
Proponho a ampliação gradual do efetivo, além do investimento na melhoria das condições de operação da Brigada Militar, Polícia Civil, Susepe e IGP, acompanhando a recuperação gradual das finanças públicas do Estado, por meio de concursos e parcerias, além da valorização dos profissionais com atuação externa e resultados positivos. Pretendo, ainda, instalar o Instituto de Segurança Pública, sem ônus extra ao Estado, para desenvolver a capacidade de gestão integrada, indicadores e monitoramento de resultados em segurança no Estado. Foco na adoção de tecnologia e no treinamento de gestores e líderes de equipes, com recursos federais, estaduais (remanejo de prioridades) e fundos.
2) Em quanto tempo o senhor conseguirá reduzir o déficit de 12 mil vagas em prisões do Estado? Quantas casas prisionais serão construídas na sua gestão?
Proponho um novo sistema, buscando a lógica vinculada à redução da criminalidade: criação de unidade de segurança máxima, unidades prisionais com salas de aula e galpões industriais para oportunidade de trabalho e ressocialização, criação de Associações de Proteção e Assistência aos Condenados (Apacs) em parceria com os municípios. Construímos (como prefeito de Canoas) a Penitenciária Estadual de Canoas. É a única no Estado com bloqueador de celulares e uniforme para detentos. Seguimos processo e desmembramento das facções. Implantamos sistema de audiomonitoramento de disparos de armas de fogo.
3) Outros locais do Brasil adotam a política de premiar policiais por resultados, como número de prisões e apreensões de armas e drogas. O senhor é favorável, pretende instituir ação semelhante? Há uma alternativa?
Proponho a criação do Pacto RS Mais Seguro, uma parceria com órgãos de segurança, Judiciário, Ministério Público e os 20 maiores municípios do Estado, de forma a coordenar os esforços e estratégias. Inclui um modelo de gestão por resultados, coordenado pessoalmente pelo governador. Implantaremos uma força-tarefa para repressão a homicídios e criação de Unidade Especializada de Inteligência para reprimir o tráfico de armas. Teremos ainda a implantação de centrais regionais de monitoramento e cercamento eletrônico inteligente.