Quinto candidato a participar da série de entrevista do Gaúcha Atualidade com os presidenciáveis, Alvaro Dias (Podemos) defendeu, nesta quinta-feira (27), a criação de um “fundão” para a Previdência. Segundo ele, sem mudanças na área, “o aposentado não terá aposentadoria porque o dinheiro acabou”.
— Nós vamos criar o “fundão”: fundo de Previdência que vai ser capitalizado com ativos das empresas estatais. As estatais são do povo brasileiro, elas devem ser devolvidas ao povo brasileiro. E com isso, nós teremos uma Previdência Social rentável, porque esses recursos serão aplicados, renderão juros. O governo poderá utilizar esses recursos para obras, emitindo títulos públicos, com taxas de juro de mercado — disse.
Outra mudança seria a criação de uma conta individualizada, em que “cada um vai contribuir para si próprio”, segundo o candidato. Pela proposta, a contribuição de 8% a 11% iria para uma conta pessoal do contribuinte.
— A minha reforma da Previdência defende a idade mínima, não coloca a mão no bolso do trabalhador nem do aposentado, é diferente daquela que está no Congresso. Ela vai instituir a conta capitalizada, já que hoje todos contribuem para todos e alguns levam vantagem, como servidores públicos, que têm vantagem maior em cima dos da iniciativa privada.
Com 2% das intenções de voto – segundo pesquisa Ibope divulgada no dia 26 –, o candidato do Podemos criticou a divisão do tempo para a propaganda eleitoral, mas demonstrou confiança no seu próprio eleitorado, que será de "gente decente, digna, que quer valorizar o trabalho".
— Você vê à noite na TV, só tem privilegiados, eu fiquei sem espaço (no horário eleitoral). Eu estava empatado tecnicamente com outros (...) Eu imagino que pesquisa agora não vale nada, o que vale é a cabeça do eleitor — disse.