Dos 15 candidatos ao Senado pelo Rio Grande do Sul, seis declararam ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) patrimônio superior a R$ 1 milhão. No total, a soma dos concorrentes às duas vagas do Estado nas eleições de 7 de outubro chega a R$ 23,4 milhões. O único que não relatou bens foi Cleber Soares (PCB).
Com maior patrimônio está Luis Carlos Heinze (PP), com R$ 8,4 milhões. Sozinho, o progressista detém 35,6% dos valores declarados por todos os candidatos ao Senado no RS. Desde 2014, quando foi eleito deputado federal, o engenheiro agrônomo e ex-prefeito de São Borja teve crescimento em suas posses, já que registrou R$ 7,8 milhões ao TSE naquele ano.
O segundo lugar no ranking é dividido por Carmen Flores (PSL) e Mário Bernd (PPS), ambos com R$ 3 milhões. Segundo o TSE, os dois candidatos também aumentaram patrimônio. Enquanto a empresária registrou R$ 2,7 milhões em 2014, ao disputar um lugar na Assembleia, o médico detinha R$ 1,1 milhão em 2012, quando concorreu a vereador na Capital.
Na sequência da lista está Paulo Paim (PT), que tenta a reeleição. Com R$ 2,3 milhões declarados, o petista mais do que dobrou suas posses em relação ao seu último registro no TSE, em 2010, quando foi eleito senador e declarou R$ 1 milhão.
Fechando o grupo dos milionários estão Beto Albuquerque (PSB), com R$ 1,9 milhão, e Sandra Weber (Solidariedade), com R$ 1,6 milhão. Os dois também registraram neste ano valores maiores do que nas últimas eleições. Em 2014, Albuquerque também disputou o Senado e relatou R$ 1 milhão, enquanto Weber, em 2012, ao concorrer ao cargo de vice-prefeita em São Gabriel, declarou R$ 1,4 milhão.
Os seis nomes já citados dispõem de 86,3% dos bens de candidatos ao Senado pelo RS registrados junto ao TSE, totalizando R$ 20,2 milhões. Os 14% restantes, ou R$ 3,2 milhões, são divididos entre os outros nove aspirantes ao cargo.
Destes, três declararam valores acima de R$ 500 mil: Abigail Pereira (PCdoB), R$ 779 mil, José Fogaça (MDB), R$ 656 mil, e Romer Guex (PSOL), R$ 627 mil. Nesta faixa, somente Pereira teve aumento em suas posses, já que registrou R$ 510 mil em 2014, quando concorreu como vice de Tarso Genro ao governo do Estado. Nos casos de Fogaça, que relatou R$ 712 mil também em 2014, ao disputar o cargo de deputado federal, e Guex, que declarou R$ 629 mil em 2016, ao concorrer à prefeitura de Viamão, houve redução de patrimônio.
Fechando a lista, seis candidatos detém os menores valores em bens: Luiz Carlos Machado (DC), R$ 330 mil, João Augusto (PSTU), R$ 300 mil, Ana Varela (Podemos), R$ 270 mil, Marli Schaule (PSTU), R$ 211 mil, Luis Delvair (PCO), R$ 50 mil, e Cleber Soares (PCB), sem posses declaradas. Destes, Machado, que registrou R$ 323 mil em 2012, ao concorrer a vice-prefeito da Capital, e Augusto, que detinha R$ 210 mil em 2014, quando disputou o cargo de deputado estadual, aumentaram patrimônio. Por outro lado, Schaule declarou valor abaixo dos R$ 252 mil de 2016, quando concorreu a vice-prefeita em Passo Fundo. O único candidato que não teve variação foi Delvair, que manteve os R$ 50 mil de 2016, quando concorreu a vereador da Capital. Quanto a Varela e Soares, o TSE não dispõe de registros de bens em eleições anteriores.