Quatro dos oito candidatos a governador do Rio Grande do Sul têm patrimônio superior a R$ 1 milhão. Disponíveis no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), as declarações dos postulantes ao Palácio Piratini incluem bens como apartamentos, veículos e aplicações financeiras. No total, os registros somam R$ 30 milhões.
Com maior patrimônio está Mateus Bandeira (Novo). O ex-presidente do Banrisul reúne R$ 25 milhões em sua declaração. Como o candidato do Novo não concorreu em eleições anteriores, não é possível analisar a evolução de suas posses por meio das informações do TSE.
Depois de Bandeira, aparece Miguel Rossetto (PT), com bens que chegam a R$ 1,5 milhão. Na declaração anterior do petista ao TSE, em 2006, quando disputou vaga ao Senado, o patrimônio era menor, avaliado em R$ 102 mil.
Jairo Jorge (PDT) está em terceiro na lista. O pedetista relatou posses de R$ 1,3 milhão. Em 2012, quando ele ganhou a eleição à prefeitura de Canoas, os registros alcançavam R$ 209,5 mil.
Na quarta posição, o atual governador do Estado, José Ivo Sartori (MDB), informou ao TSE bens calculados em R$ 1,2 milhão. Em 2014, quando o emedebista venceu a disputa pelo Piratini, as posses somavam R$ 1,1 milhão.
Depois de Sartori, a lista traz o nome de Paulo de Oliveira Medeiros (PCO). O candidato registrou bens avaliados em R$ 650 mil. Como Medeiros não disputou eleições anteriores, não é possível dimensionar sua evolução patrimonial por meio dos dados do TSE. Roberto Robaina (PSOL) e Julio Flores (PSTU) vêm na sequência. O candidato do PSOL apresentou patrimônio de R$ 210 mil, e o do PSTU, de R$ 60 mil. Em 2016, quando concorreu a vereador em Porto Alegre, Robaina informou quantia superior, de R$ 264,3 mil. No mesmo ano, Flores participou da corrida pela prefeitura da Capital, com o registro dos mesmos R$ 60 mil.
O menor patrimônio declarado entre os candidatos é o de Eduardo Leite (PSDB). O tucano informou bens no valor de R$ 32,5 mil. Em 2012, ano em que venceu a disputa pela prefeitura de Pelotas, a quantia registrada era de R$ 62,7 mil.
Em todo o país, o valor real de posses como imóveis pode não ser mais o mesmo que consta nas declarações de candidatos. Isso ocorre pelo fato de o TSE apontar a quantia paga pelos políticos no momento das aquisições, sem considerar valorizações ou perdas. Por exemplo, se um candidato comprou há 10 anos uma casa por R$ 100 mil, a moradia consta na declaração de 2018 com o mesmo valor. Segundo o Secovi-RS, nos últimos cinco anos, o preço dos imóveis residenciais na Capital teve avanço médio de 20,36%.