
O candidato a presidente Ciro Gomes (PDT) disse, na sexta-feira, que a cúpula do PT "explora a boa-fé do povo" com a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), condenado e preso na Lava-Jato. Em Palmas (TO) com sua candidata a vice, a senadora Katia Abreu, Ciro evitou, contudo, criticar o ex-presidente.
— O que a cúpula do PT está fazendo é uma espécie de fraude — afirmou Ciro, alegando que Lula, cedo ou tarde, será considerado inelegível, causando uma grande frustração em seus eleitores.
Apesar do tom, o ex-presidente foi poupado das críticas do adversário. Ciro chegou a falar sobre "o carinho que a gente tem por ele".
Por outro lado, Jair Bolsonaro foi alvo de críticas do pedetista. O ex-ministro disse que o candidato do PSL acabará com o agronegócio, caso leve adiante a proposta de seu economista Paulo Guedes, de não mais dar subsídios aos produtores rurais. Sobre a liberação do porte de arma, lembrou ataque sofrido pelo adversário no Rio, na década de 1990, quando, mesmo com treinamento militar, rendeu-se e entregou o revólver ao assaltante.
Referiu-se, também, a sua proposta para o Tocantins, considerando que a deficiência para o agronegócio do Estado e da região é a infraestrutura:
— A grande prioridade para além de renda, de subsídio para o crédito, a grande ajuda, aqui, é a infraestrutura.
Ciro prometeu fazer a Ferrovia Norte-Sul cumprir seu papel, barateando o frete, conectar a Transnordestina, terminar a Leste-Oeste e duplicar rodovias. Na coletiva à imprensa, ele evitou quaisquer perguntas polêmicas e irritou-se, ao ser questionado a quem dará seu apoio, caso não chegue ao segundo turno:
— Vou apoiar a mim mesmo, mulher.