Entre taças de espumante e canecos de chopp, militantes e dirigentes do Novo realizaram, na tarde desta sexta-feira (20), a convenção do partido para as eleições de outubro. Reunidos no Chalé da Praça XV, no centro de Porto Alegre, eles homologaram a candidatura de Mateus Bandeira ao governo do Estado, tendo Bruno Miragem como vice.
A legenda também chancelou os nomes de 18 candidatos a deputado federal – entre eles o suplente de deputado estadual Marcel Van Hattem – e de 24 postulantes à Assembleia Legislativa. Depois que Sérgio Wais desistiu de concorrer, o Novo decidiu não lançar candidatos às duas vagas ao Senado.
Com o salão do Chalé decorado com balões laranjas, cor do partido, o evento celebrou a primeira eleição geral a ser disputada pelo Novo. Nos discursos, todos enfatizavam o momento histórico da legenda fundada em 2011 e alguns dos princípios estabelecidos em estatuto, como a realização de processo seletivo para escolha de candidatos e a recusa ao uso de verbas dos fundos partidário e eleitoral.
Ex-secretário do Planejamento e ex-presidente do Banrisul no governo Yeda Crusius (2007-2010), Bandeira começou seu discurso afirmando estar diante do maior desafio de sua vida. Ao salientar que o Novo não abriga políticos profissionais, "que querem fazer da política um meio de vida", convocou a militância à renovação.
— O grande risco dessa eleição é que ainda tem muita gente desesperançosa. E o nosso desafio é de comunicação, é mostrar que, pela primeira vez na história do Brasil, existe uma novidade na política. Existe um partido formado por cidadãos de bem, pessoas comuns, de todos os espectros da sociedade, que expressa da melhor maneira possível a indignação dos brasileiros. Um partido formado só por ficha limpa e que não usa um centavo do dinheiro do cidadão para financiar suas campanhas — afirmou.
Sem detalhar os principais programas que irá defender na campanha, Bandeira criticou o "Estado obeso, ineficiente e que privilegia poucos", servindo aos interesses "dos lobbies e das corporações privadas e públicas". Para o candidato, o Estado precisa se voltar para "o interesse maior da sociedade":
— O papel do Estado é gastar de maneira eficiente aqueles recursos que nos tiram e devolver na forma de segurança pública e jurídica, acesso à educação e saúde de qualidade para quem não pode pagar. O Estado só tem um dever: garantir chances iguais para todos.