Com a mais nova visita da reitora da UFRGS, Márcia Barbosa, em Caxias do Sul, nesta terça-feira (12/11), o andamento da instalação do campus da universidade na cidade ganha atualizações. De acordo com a reitora, uma comissão responsável pela seleção dos cursos que serão ofertados já foi criada e os processos de compra do Campus 8, da Universidade de Caxias do Sul (UCS), estão em discussão entre o governo federal e a Caixa Econômica Federal.
Conforme Márcia, a comissão que está realizando os estudos da instalação do Campus está constituída pela professora Maria Beatriz Luce, responsável pela criação do campus da Unipampa; pela professora Liane Loder, responsável pelo Campus Litoral Norte da UFRGS; além da própria reitora Márcia; das técnicas Nara Magalhães, Gabriela Branco e Irma Bueno; mais os estudantes Hector de Oliveira, Jéssica Pereira da Silva e Marcela Duarte.
— É uma comissão dinâmica, porque, à medida que mais estudos forem necessários, a gente amplia a comissão. E eles já estão fazendo levantamentos. Por exemplo, olharam as inscrições do nosso vestibular (da UFRGS), já estão com o banco de inscritos a partir da região da Serra e em que cursos os estudantes estão mais interessados. Além disso, já estão com um levantamento inicial de empregabilidade da região. Mas, obviamente, também tem um outro lado, que é uma escuta da comunidade, como a participação neste seminário — comenta Márcia.
Outro ponto citado pela reitora foi o olhar para o futuro, buscando trazer cursos que façam sentido com o mercado de trabalho da região dos próximos anos.
— Quando a gente desenha cursos, a gente tem que fazer cenários de futuro. O que significa que, além da comunidade, nós vamos ter que conversar com as empresas para entender aonde está indo o investimento de empregabilidade nesta região. Nós estamos indo com muita cautela porque é um grande passo para a UFRGS, que é a melhor federal do país, e nós não podemos fazer uma coisa que não tenha a chancela de qualidade da UFRGS — disse Márcia.
Sobre a possível concorrência com os cursos das instituições locais, a reitora reforçou que vão buscar ouvir as demandas da comunidade, podendo trazer cursos que fogem do "tradicional" e que sejam inovadores.
— Ouvir as demais universidades, entender o papel delas é importante. Eu não vou trazer para cá um curso que eu sei que não vai ter estudantes, porque o mercado já está totalmente atendido, não faz nenhum sentido eu fazer isso. Mas se ainda houver mercado, se nós tivermos os recursos financeiros necessários para implementar com o padrão UFRGS, e se isso for algo que tem vaga agora, mas que também oferece um desenho de uma marca de futuro, a gente vai trazer — explica a reitora.
A reitora revelou que a compra do Campus 8 está em discussão com o governo federal e Caixa Econômica Federal, mas ainda não teve seus processos finalizados.
— Neste momento, o governo federal já fez uma solicitação para a Caixa Federal para fazer um levantamento de preços deste Campus 8. A partir desse levantamento que vai ser feito, e aí eu acho que vocês aqui podem acompanhar melhor até do que eu o processo, porque vai ser a Caixa daqui, com contratações locais (que fará os trâmites), então vocês podem monitorar para saber a quantas anda esse processo, que vai definir o valor e aí vai ter uma negociação com a UCS. O que nós temos acordado com o governo federal é que nessa negociação, quando chegar esse momento de saber o recurso, a UFRGS vai estar junto nessa negociação — explicou Márcia.
A reitora veio a Caxias do Sul nesta terça para participar do Seminário promovido pela frente parlamentar da Câmara dedicada à defesa da implantação do campus na cidade, Fórum das Entidades, Movimentos e Pastorais Sociais e da 4ª Coordenadoria Regional de Educação (4ª CRE), no plenário da Casa Legislativa, com a participação da comunidade.