Uma reunião da Comissão de Ética da Câmara de Vereadores de Vacaria está marcada para segunda-feira (26), a partir das 16h30min, para avaliar se as testemunhas indicadas na defesa do vereador Moacir Bossardi (PSDB) devem ser ouvidas ou serão consideradas irrelevantes. Bossardi se defende em processo que o acusa de quebra de decoro parlamentar, após usar ofensa racista em plenário, na sessão do dia 30 de maio, quando se referiu aos eleitores do presidente Lula.
– Vão comer picanha, negrada, é o que vocês merecem – disparou.
A avaliação se dará pois o Código de Ética do Legislativo vacariense não delimita de forma clara o passo a passo para investigar esses casos, como explica o assessor jurídico da Casa, Renan da Silva.
– Infelizmente, nosso Código de Ética não tem esse trâmite de forma detalhada. Então, a gente se utiliza de um balizamento razoável. Damos impulsionamento conforme o processo civil, porque o administrativo não diz isso expressamente – detalhou.
A comissão, então, pediu ao vereador Moacir que justifique a necessidade de realizar as oitivas das testemunhas, e é isso que será avaliado na reunião de segunda-feira. Depois, os cinco vereadores que compõem o grupo irão definir quais serão os próximos passos.
Um imprevisto na Comissão de Ética, inclusive, atrasou o processo do grupo. Um dos vereadores da oposição pediu para sair do comissão e apresentou atestado médico de 10 dias. Com isso, foi necessário solicitar às bancadas uma nova indicação para a Comissão de Ética, e quem assumiu a cadeira foi a vereadora Silvana Montanari (PL). Além dela, compõem a equipe Pedro Guerreiro (PSDB), Betão Carneiro (PP), Selmari Silva (PT) e Valmir Grazziotin (Republicanos).