Em meio à agenda de compromissos realizados na manhã deste sábado (28) em Gramado, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, falou brevemente com a imprensa. Confira trechos da entrevista:
O senhor exaltou o avanço da vacinação e os números demonstram que a vacinação está fazendo a diferença. Isso não indica que houve equívoco do governo federal no primeiro ano da pandemia?
O primeiro ano não tinha vacina. A estratégia diversificada do governo começou em maio de 2020 e hoje já distribuímos mais de 230 milhões de doses no Brasil. Isso mostra o acerto da política pública que foi adotada pelo governo federal. Nos últimos dois meses redução de 60% do número de casos, 68% do número de óbitos. Não foi feito de uma hora para outra.
O senhor falou que todos os brasileiros vão ser imunizados até outubro. Isso é certo? Até o final de outubro é o projetado?
Isso vai acontecer com colaboração do governo federal, estados e municípios e com a força do Sistema Único de Saúde. Acima de 18 anos todos estarão vacinados as duas doses até final de outubro. Mas antes temos de avançar com adolescentes, inicialmente os com comorbidades, os sem depois e tem que se aplicar o reforço vacinal (terceira dose), primeiro os idosos acima dos 70 anos e os imunodeprimidos. Já temos evidências científicas para isso. Já contratamos estudo para orientar política pública em relação ao reforço nos demais brasileiros. Se queria colocar também os profissionais de saúde na terceira dose, mas não temos, ainda, dados consistentes acerca do adoecimento dos profissionais de saúde. Já pedi para comitê do Ministério da Saúde fazer avaliação disso e, se for o caso, também contemplaremos os profissionais de saúde com base na evidência científica e reforço da opinião dos especialistas. O importante é que sigamos orientação do programa nacional de imunização.
Qual preocupação com relação à variante delta?
As teses são as mesmas para enfrentar qualquer variante de preocupação. Vacinar a nossa população, aderir às medidas sanitárias, ouvir as autoridades sanitárias e na ponta os prefeitos e secretários municipais de saúde. E a imprensa é importante. Aproveito a oportunidade para dizer que aqueles que não tomaram a segunda dose de vacina que procurem as salas de imunização. Mais de 8 milhões não tomaram a segunda dose e não vai ser na base da lei que a gente vai fazer isso, vai ser na base do esclarecimento e do convencimento das pessoas sobre a importância da campanha de vacinação.
O senhor falou sobre a produção da Pfizer ano que vem no Brasil, já está confirmado então?
Confirmado, é uma parceria da Pfizer com uma multinacional farmacêutica brasileira, é a Eurofarma, que vai se instalar na cidade de Itapevi, em São Paulo. Já tem para o ano de 2022 pelo menos 100 milhões de doses para serem produzidas no Brasil.
Esse discurso da liberdade individual (ministro contesta obrigatoriedade da vacinação e multas para quem não usa máscara) , da não obrigatoriedade da vacina especialmente, não é arriscado vindo de um ministro?
Não é discurso, está na Constituição federal, noa rtigo 5º e as pessoas são conscientes. O povo brasileiro tem participado da campanha de vacinação e não por causa da lei, tem participado porque as autoridades sanitárias têm passado uma mensagem uníssona da importância da campanha de vacinação.
O Rio Grande do Sul teve diminuição de 6% para 4% na diminuição de doses, de que forma isso pode afetar na terceira dose?
O Brasil é uma grande nação, o Rio Grande do Sul é parte importante disso, temos de distribuir as vacinas de forma equânime. O Estado do RS tem serviço de saúde muito bem estruturado e de um ponto de vista de demografia tem concentração maior de pessoas idosas e por isso recebeu mais doses (no início) e agora as doses são distribuídas de maneira equitativa porque os outros estados rpecisam ser contemplados.