A Câmara Municipal de Bento Gonçalves aprovou nesta segunda-feira (14), por maioria, reajuste de 3,14% de recomposição inflacionária salarial referente ao período de outubro de 2019 a setembro deste ano. Foram nove votos favoráveis e sete contrários. Com o aumento, a remuneração dos 16 vereadores passa de R$ 9.288,61 para R$ 9.580,27 - aumento de R$ 291,66 , enquanto o salário do presidente da Câmara sobe de R$ 13.004,05 para R$ 13.412,37 - aumento de R$ 408,32.
Votaram a favor os vereadores Amarildo Lucatelli (PP), Eduardo Virissimo (PP), Gilmar Pessutto (PSDB), Jocelito Leonardo (PSDB), Marcos Barbosa (Republicanos), Paulo Roberto Cavalli, o Paco (PTB), Sidinei da Silva, o Sidi (PSDB), Valdemir Marini (PP) e Volnei Christofoli (PP). Se posicionaram contra o projeto os parlamentares Agostinho Petroli (MDB), Gustavo Sperotto (PSD), Idasir dos Santos (MDB), Leocir Lerin (MDB) Moacir Camerini (PSB), Moisés Scussel (Republicanos) e Neri Mazzochin (PTB).
Vereadores que foram contrários ao aumento criticaram a proposta, especialmente em razão do contexto de pandemia.
— É um tapa na cara da população. Depois de ter passado as eleições, agora vem um projeto como esse — criticou Moacir Camerini.
— Não tem nada de ilegal neste projeto, mas é imoral numa época em que todas as empresas estão encolhendo seus custos cada vez mais para dar continuidade ao seu trabalho. E esse dinheiro que vem na Câmara é dessas empresas que recolhem seus impostos. Acredito que esse projeto deva ser retirado para mostrar que essa Câmara tem valor e coerência com o que está acontecendo no Brasil — disparou Neri Mazzochini.
— Votar favorável a esse projeto é demonstrar falta de sensibilidade com a situação de vida da nossa população nos dias de hoje, que luta pelo emprego e tem redução salarial — reforçou Agostinho Petroli.
Outros dois projetos de aumento salarial também foram aprovados: reajuste de 1,68% para servidores municipais, cargos de confiança (CCs) e conselheiros tutelares, e aumento de 3,14% nos vencimentos de servidores e CCs do Legislativo. Votaram contrários a essas propostas os vereadores Moisés Scussel, Moacir Camerini, Neri Mazzochin, Gustavo Sperotto e Leocir Lerin.