Cerca de três meses antes das eleições municipais, o grupo Mobilização por Caxias (MobiCaxias) entregou nas mãos de 11 pré-candidatos à prefeito um documento com demandas em seis áreas: Educação, Saúde, Planejamento Urbano, Gestão Pública, Turismo e Atração e Retenção de Investimentos. O encontro ocorreu quarta-feira (19), no UCS Teatro, e foi exibido no perfil do YouTube do MobiCaxias, sendo visualizado por mais de 10 mil pessoas.
O presidente do Mobi, o empresário Carlos Zignani revelou, por meio de um vídeo, que o propósito do documento chamado "Agenda Eleições 2020 - A Caxias que queremos", é assegurar que o município continue atuando com ênfase no desenvolvimento econômico e social.
— O MobiCaxias oferece uma agenda estratégica como contribuição ao plano de governo dos pré-candidatos. As demandas foram identificadas a partir de um grupo de trabalho formado por voluntários que se reuniram desde julho de 2019. A entidade pensa que a cidade tem de ter um plano abrangente, que atenda ao maior número das aspirações dos cidadãos — explica Zignani.
Conforme explicou o empresário Dagoberto Lima Godoy, também em um vídeo gravado, a Agenda Eleições 2020 é dividida em duas partes. Na primeira delas, há uma visão geral dos seis temas pilares. E, na segunda, estão citados temas que, segundo o Mobi, merecem uma atenção especial. São eles, despesas com pessoal, fundo de aposentadoria e pensão dos servidores municipais, indenização da família Magnabosco, infraestrutura e transporte público.
— Os pré-candidatos precisam saber qual cidade os cidadãos e cidadãs desejam viver. Só assim os que forem eleitos poderão atuar legitimamente para liderar o povo na busca de melhores caminhos — observa Godoy.
O empresário Astor Schmitt, vice-presidente do MobiCaxias, fez o discurso de encerramento e defendeu que esse processo representa a abertura de um novo paradigma.
— É um processo em que a sociedade e o setor público vivem uma colaboração mútua, baseado na confiança, a fim de nos levar em direção ao desenvolvimento sustentável.
Além disso, Schmitt foi enfático ao listar pontos que o Mobi não deseja ver ocorrendo em Caxias do Sul. Apesar da agenda ser propositiva, a lista do que o empresário chamou de "não queremos mais para Caxias" contempla: desemprego crescente; descontrole das contas públicas; déficit previdenciário; fuga, fechamento ou dificuldade em atração de novas empresas; perda de competitividade nacional e internacional das empresas da cidade.
— Queremos uma série de coisas para Caxias, mas também temos uma série de coisas que, decididamente, não querermos. Esses exemplos (listados acima) são bem elucidativos do que queremos dizer. Almejamos continuar sendo a Pérola das Colônias e sinônimo de sucesso, de bem-viver coletivo, e de uma comunidade que se preocupa em deixar um legado aos seus filhos e aos seus descendentes — sintetizou Schmitt, no encerramento do encontro.
Pré-candidatos que receberam o documento, em ordem alfabética:
Abrelino Frizzo (PV)
Adiló Didomenico (PSDB)
Antonio Feldmann (Podemos)
Carlos Búrigo (MDB)
Edson Néspolo (PDT)
Marcelo Slaviero (Novo)
Mari Souza (Avante)
Nelson D'Arrigo (Patriota)
Pepe Vargas (PT)
Renato Nunes (PL)
Vinícius Ribeiro (DEM)
Documento na íntegra pode ser consultado pelo site.
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