O possível encerramento das atividades do plantão noturno da Farmácia do Instituto de Previdência e Assistência Municipal (Ipam) surge como nova polêmica. A indefinição está no ar. No ano passado, a Câmara de Vereadores de Caxias rejeitou a proposta do Executivo de venda da Farmácia.
Nesta segunda-feira, a Comissão de Saúde e Meio Ambiente esteve com a diretora-executiva da Farmácia, Claudete Kremer Sott em função de relatos de servidores sobre ameaças de fechamento definitivo da Farmácia, casos de assédio moral e ameaças de demissões. De acordo com os vereadores, a diretora garantiu que não há possibilidade de encerramento das atividades da Farmácia neste mandato, nem de demissão de servidores. Também foi informado que estão sendo trabalhadas melhorias no sistema utilizado para vendas e que está em fase de finalização o projeto para comercialização online de medicamentos e perfumaria (e-commerce).
Porém, a direção alega que o plantão noturno (da 0h às 6h) é um dos principais responsáveis pela operação da Farmácia ter fechado o ano de 2018 no vermelho. Conforme o presidente da comissão, Renato Oliveira (PCdoB), a diretora argumentou que o turno da noite dá um prejuízo de R$ 300 mil por ano para manter um farmacêutico, um caixa e um atendente. Ainda de acordo com o vereador, os servidores seriam realocados.
Há uma questão a ser considerada, conforme lembra o presidente da comissão: a Lei 3.750 de 1991, que determina o funcionamento da Farmácia e que prevê horário permanente, 24 horas, em todos os dias úteis, domingos e feriados.
Além de Renato, estiveram na reunião Tatiane Frizzo (SD), Paula Ioris (PSDB) e Alberto Meneguzzi (PSB). Eles vão receber o relatório com os números dos últimos 10 anos para análise.
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