Pepe Vargas (PT) estará de volta à Assembleia Legislativa a partir de 2019. Depois de uma carreira política que envolve dois mandatos como prefeito de Caxias do Sul e passagem por três ministérios no governo Dilma Rousseff (Desenvolvimento Agrário, Direitos Humanos e Relações Institucionais), ele atualmente ocupava o cargo de deputado federal.
Na eleição para deputado estadual, Pepe recebeu 38.795 votos. Desses, 25.145 foram computados em Caxias do Sul, fazendo do político o candidato a deputado estadual mais votado na cidade — o segundo foi Neri, o Carteiro (SD), com 23.959 votos.
Pepe acompanhou a apuração final da eleição em Porto Alegre, já que é presidente estadual do PT.
— Eu ainda não vi os números de Caxias porque não tive tempo, estávamos aqui em Porto Alegre aguardando o resultado estadual e nacional. Não vi os números de Caxias direitinho, mas concentrei minhas atividades de campanha na cidade. Primeiro, nosso objetivo era eleger e elegemos. O segundo objetivo nosso era tentar manter nossas bancadas na Câmara e na Assembleia Legislativa. Nós elegemos cinco deputados federais, oito deputados estaduais e um senador. Nosso resultado eleitoral foi bom, é óbvio que queríamos ir para o segundo turno na eleição estadual e não fomos.
Pepe acredita que é possível reverter os números no segundo turno para eleger o PT no pleito nacional. Ele deve seguir concentrando parte desse trabalho na Serra, mas não somente, já que é um dos coordenadores da campanha do candidato petista a presidente no Rio Grande do Sul.
— Agora nosso foco todo é a disputa do segundo turno com Haddad e Manuela. Vamos conversar com todas a forças que defendem a democracia e que defendem os direitos econômicos e sociais dos trabalhadores do nosso país, porque entendemos que a candidatura de (Jair) Bolsonaro (PSL) é um risco a esses direitos. Esse é nosso foco no momento, nossa tarefa vai ser essa. A partir de amanhã (segunda) de manhã vamos iniciar conversações com outras forças políticas para uma grande frente democrática contra o fascismo. Os números não são tão distantes, se tu contares os votos do campo democrático e popular, como os votos do Haddad, do Ciro (Gomes, PDT), do (Guilherme) Boulos (PDT), fica pau a pau — disse