Caxias do Sul, por força da lei, deve revisar neste ano, seu Plano Diretor. Ele é o instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana, ou seja, é o plano que dá o norte para o desenvolvimento do município nos aspectos econômico, físico e social.
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A revisão do Plano Diretor é a chance de pensar a cidade que queremos para viver, assim como a eleição de outubro de 2016 foi oportunidade para discutirmos Caxias. Durante o período eleitoral, o Pioneiro produziu uma série, intitulada A Cidade que Queremos, para apontar os desafios e possíveis soluções para o município de quase meio milhão de habitantes.
Neste ano, o Pioneiro quer continuar debatendo a cidade, trazendo exemplos de iniciativas que deram certo em outros lugares e podem ser aproveitadas pelo poder público e pela sociedade caxiense. E fará isso com reportagens e entrevistas a cada 15 dias.
Para marcar o reinício do projeto, a reportagem acompanhou nesta semana o simpósio Cidades em Transformação, em Flores da Cunha. Entre as boas experiências compartilhadas durante o encontro que ocorreu no Centro Empresarial na segunda e terça-feira, encontra-se o case de Vitória, capital do Espírito Santo, que elaborou em 2014 e publicou no ano seguinte o Plano de Ação Vitória Sustentável.
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O planejamento identificou os principais problemas e, a partir daí, algumas medidas foram tomadas pela gestão pública, como a ampliação de ciclovias, a oferta de um sistema de compartilhamento de bicicletas e a criação de um programa de eficiência energética em bairros mais inseguros.
O Plano Vitória Sustentável serve agora de base para a revisão do Plano Diretor da cidade, que será concluída até o final do ano. Para a doutora em Arquitetura e Urbanismo e professora Universidade Federal do Espírito Santo, Cristina Engel, que apresentou a experiência de Vitória, o diálogo com a sociedade é fundamental para pensar e planejar qualquer cidade:
– Em termos de estratégia de como desenvolver esse plano, diria que é fundamental envolver a comunidade (caxiense), porque ela está preparada para essa discussão. Quando você trata com uma comunidade que é mais esclarecida, você pensa na cidade como um todo. Quando você trata com uma comunidade menos esclarecida, normalmente a pessoa está preocupada só com o seu bairro, com a sua rua, com o seu cantinho e eu acho que aqui tem condições de fazer uma discussão maior e encontrar as soluções e o direcionamento de uma forma conjunta.