Um dia após a vitória estrondosa sobre o governista Edson Néspolo (PDT), o prefeito eleito de Caxias, Daniel Guerra (PRB), disse acreditar que conseguirá conversar com o prefeito Alceu Barbosa Velho (PDT) para que seja feita a transição. Até esta segunda-feira, não havia ocorrido qualquer contato. Mas ele avisa que está à inteira disposição.
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Mesmo com a campanha eleitoral pesada no segundo turno e de sua postura oposicionista registrada como vereador, ele acredita que, passado o pleito, haverá maturidade e responsabilidade de entender de que não são inimigos.
Apesar do otimismo de Guerra quanto às relações políticas com o intuito de "olhar tão somente Caxias", como declarou, não vai ser tão fácil para o atual grupo à frente do comando da segunda maior cidade do Estado absorver o resultado que encerra 12 anos de poder.
Questionado sobre o que sentia por dar fim ao ciclo PMDB/PDT, ou seja, evitando a construção do "quarto andar", definiu:
– A satisfação que se tem é dizer que Caxias confirmou que a atual administração está esgotada, está com prazo de validade vencido. Quando algo tem prazo de validade vencido, precisa ser substituído.
Guerra falou também sobre os cargos em comissão (CCs) – cujo corte de 145 postos ele gostaria que fosse efetuado ainda por Alceu.
– Os CCs, na sua maioria, além de não ter capacidade técnica, estavam preocupados só em si e nitidamente causando uma situação muito desagradável com os servidores concursados, que tinham que se ver tendo como chefe uma pessoa que sequer tem ensino fundamental incompleto recebendo R$ 10 mil.
Lembrou que, em 2012, Alceu ao vencer foi presenteado com uma maquete da prefeitura, em que estava cravado "um monte de bandeiras de partidos".
– Aquilo me preocupou e depois só se confirmou, literalmente a prefeitura virou uma casa loteada dos partidos.