As posições já conhecidas de Daniel Guerra serão reforçadas neste segundo turno. Com mais tempo de rádio e tevê, o candidato do PRB, de oposição ao atual governo, quer mostrar suas propostas e, principalmente, sua trajetória ao longo dos últimos oito anos como vereador e como secretário de Turismo entre 2005 e 2008. Com 1 minuto e 28 segundos no horário eleitoral gratuito em 1º turno, esse detalhamento ficava mais difícil.
– Há muito tempo temos sido essa voz de que o sistema político vigente não representa (a população). Essas pessoas precisam conhecer Daniel Guerra, conhecer a vida pública de Daniel Guerra – ressalta.
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Alguns episódios na Câmara, como a posição contrária ao projeto de reajuste de 116% da tarifa de água em 2009, serão relembrados por Guerra até o final da eleição. Ele pretende explorar, inclusive, as denúncias que fez, enquanto secretário de Turismo, de irregularidades em um convênio da própria prefeitura com um programa da comunidade europeia. Com isso, Guerra quer levar sua biografia aos que não tiveram a chance de conhecê-la no primeiro turno.
O foco, segundo ele, é conquistar os votos brancos e nulos, além das abstenções, que somam cerca de 60 mil. O candidato garante não irá procurar os candidatos derrotadas para pedir apoio. Não significa que não o aceitará. Mas se os partidos quiserem estar junto, deverão ficar cientes de que não haverá negociação para futuros cargos na administração municipal.
– A aliança continua sendo genuína com a população. Respeito os demais candidatos por ser um democrata, mas o projeto é da cidade, o foco são as pessoas. Nossa aliança é com as pessoas – frisa o candidato republicano.
Além de mais tempo de rádio e tevê – serão 10 minutos agora –, Guerra diz contar com os 68.214 eleitores que o levaram para o segundo turno. Ele acredita que sua proposta de governo será ampliadas com a ajuda de quem já votou nele.
O que farão os outros partidos neste segundo turno:
Rede: a direção da Rede Sustentabilidade reúne-se nesta terça-feira, à noite, para decidir se irá apoiar algum candidato no segundo turno.
PSOL: uma reunião será realizada, provavelmente nesta semana, para definir a postura do partido no segundo turno. A presidente do PSOL, Anaí de Souza, acredita que a tendência é pela neutralidade. O PSOL encontra-se em campo ideológico oposto tanto ao PRB como à grande maioria dos partidos que integram a coligação governista.
PT: o partido deve reunir a Executiva nesta semana e, posteriormente, convocar o diretório para uma definição. O candidato Pepe Vargas disse logo após a eleição que não pretende apoiar nenhum dos dois candidatos.
PCdoB: a sigla deve realizar uma reunião nesta semana para avaliar o resultado da eleição. O PCdoB participou do secretariado do atual prefeito Alceu Barbosa Velho. Ao mesmo tempo, o partido foi contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff, e os dois candidatos que passaram para o segundo apoiaram o impeachment. Este é um complicador.