O ministro do Desenvolvimento Agrário e deputado federal licenciado, Gilberto Pepe Vargas (PT), admite que seu nome vem sendo defendido para ser candidato ao Senado, caso o partido fique com a vaga na composição da chapa majoritária no Estado. Mas o ministro acrescenta que já está colocado que as vagas de vice-governador e ao Senado serão dos partidos da aliança, para construir a reeleição do governador Tarso Genro.
- Temos que continuar dialogando, os partidos da aliança têm que indicar, essa é a nossa prioridade. Caso os partidos abram mão, o PT pode se pronunciar. O que não se pode é estar se digladiando dentro do PT para ser o candidato. Nossa prioridade é deixar claro que se disponibiliza (a vaga ao Senado) para a composição - afirma Pepe.
O PCdoB, atual aliado do governo Tarso, já definiu o nome da ex-senadora Emília Fernandes, que ingressou no partido no prazo final de filiações, como pré-candidata ao Senado.
As especulações em torno da possibilidade de o ex-prefeito de Caxias concorrer ao Senado cresceram após recente postagem no Facebook, por parte do presidente do partido, Alfredo Tatto. Ele escreveu: "O próximo senador eleito pelo Rio Grande do Sul será Pepe Vargas".
- Publiquei por vontade minha - diz Tatto, acrescentando:
- É óbvio que existem comentários sobre isso, tem setores da base do PT que defendem que Pepe seria um bom nome. Os nomes que surgem pelas conversas com a base em Caxias são o de Pepe e o de Olívio (Dutra). Tudo passa pela composição da aliança. No PT, Raul Pont (presidente estadual) tem dito que será dado o direito a Tarso de concorrer à reeleição e os outros postos (vice e Senado) estão à disposição para a composição.
Neste momento, Pepe é pré-candidato à reeleição à Câmara Federal, mas ele não descarta outros rumos:
- Sou candidato a federal, se o partido permitir, mas se o partido disser: "Queremos que tu cumpra outra função"...
Ele desconversa quando questionado se essa função seria na coordenação da campanha da presidente Dilma Rousseff, outra hipótese fortemente cogitada. Nesse caso, ele estaria fora da disputa eleitoral.
- Temos muitas coisas a realizar como governo, e não (tarefas) de coordenação. Precisamos acelerar porque, a partir de junho, afunila por causa da campanha - afirma o ministro, destacando, por exemplo, o lançamento, nesta quinta-feira, do Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica.
Entre os cotados no PT para o Senado, além do ex-governador Olívio Dutra, são citados ainda a ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário, e o deputado federal Paulo Pimenta.
Eleições 2014
Ministro Pepe Vargas, de Caxias do Sul, admite ser cotado para disputa ao Senado
Ele ressalta, porém, que já está colocado que a vaga, bem como a de vice-governador, serão dos partidos da aliança
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