Operação que ocorre todos os anos, a Cerco Fechado, que tem à frente a 3ª Cia da Brigada Militar, com a Força Tática, Ronda Ostensiva com Apoio de Motocicletas (Rocam) e Canil, além da participação da Polícia Civil e Judiciário, está na segunda fase em 2024. Desde o início do ano até agora, o resultado são 978 pessoas presas (uma média de seis por dia), além de 148 foragidos recapturados.
A ação, segundo o comandante do 12º Batalhão da Brigada Militar de Caxias do Sul, tenente-coronel Ricardo Moreira de Vargas, ganhou força a partir da segunda quinzena de fevereiro, quando foram registradas mortes violentas acima da média no município: em janeiro foram 17 e em fevereiro, 15. De acordo com Vargas, a Operação Cerco Fechado, diferentemente do policiamento ostensivo, tem ações coordenadas, com datas planejadas e alvos definido:
— É um trabalho minucioso, feito por meio dos setores de inteligência para acompanhar os passos das organizações criminosas. O tráfico de drogas é o principal pano de fundo da maioria dos crimes violentos da cidade. Dos mais de 900 presos na operação, 506 tinham ligação direta com fações criminosas. Prendemos oito líderes.
No início da operação deste ano, as ações foram focadas nos bairros Desvio Rizzo, Charqueadas, Euzébio Beltrão de Queiroz, Primeiro de Maio, Santa Fé e Planalto. A partir de março, como o número de mortes diminuiu, a Cerco Fechado, na segunda fase, é realizada em mais bairros, principalmente naqueles onde o comércio de drogas se espalhou.
— A fase agora é buscar alvos específicos, aqueles que têm bastante relevância dentro da traficância e são peças-chaves nos homicídios — explica.
Números da Cerco Fechado até segunda-feira (10):
- 16.750 pessoas abordadas;
- 830 prisões em flagrante, com condução à DPPA;
- 148 foragidos recapturados;
- 155 armas apreendidas: 85 revólveres, 42 pistolas, seis fuzis, 20 espingardas e duas submetralhadoras.