Caxias do Sul foi mais violenta em 2023, se comparada a 2022. O levantamento feito pela reportagem do Jornal Pioneiro apontou 96 mortes violentas na cidade no ano que passou, um aumento de 24% em relação ao período anterior, que registrou 77 vidas perdidas. Nos 49 municípios de abrangência na Serra também foi observado um aumento. Ao todo, 249 crimes foram registrados em 2023, 16% a mais em relação a 2022, que fechou com 213 óbitos. Nesta conta estão contabilizados homicídios, feminicídios, latrocínios, confrontos com a polícia e lesões seguidas de morte.
O mês mais violento de 2023 foi janeiro, com 34 vítimas na região, seguido por setembro, com 27, e fevereiro e julho, com 25 cada (veja tabela abaixo). No maior município da Serra, janeiro e fevereiro tiveram 12 mortes cada, seguidos por agosto e novembro, com 11, e dezembro, com nove. Além das 249 vítimas na Serra, a reportagem contabilizou outras quatro cujas causas ainda não foram identificadas. Duas delas são ossadas, encontradas em Caxias do Sul, e que ainda estão em análise pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP), uma localizada em 9 de junho, no bairro Bela Vista, e outra no dia 10 de setembro, no bairro Reolon. Os outros casos são corpos em decomposição encontrados em outubro, em Canela, e em setembro, em Campestre da Serra.
Chama a atenção também o crescimento, desde 2021, no número de feminicídios. No ano que passou, foram 20 casos, contra 13 em 2022 e nove em 2021. Ou seja, na comparação entre os dois últimos anos houve um aumento de 53% neste tipo de crime na região. Em Caxias do Sul, ao contrário, foi registrado um feminicídio a menos no ano passado em relação a 2022 (seis contra sete). Com relação aos latrocínios, foram cinco contabilizados em 2023, contra seis nos dois anos anteriores.
Por mês*
:: Janeiro - 34
:: Fevereiro - 25
:: Março - 14
:: Abril - 20
:: Maio - 19
:: Junho - 17
:: Julho - 25
:: Agosto - 18
:: Setembro - 27
:: Outubro - 23
:: Novembro - 13
:: Dezembro - 18
* No total, foram 252 mortes, sendo 249 confirmadas como violentas. Em outras quatro, as causas ainda são investigadas.