Além da certeza de que a morte de Dhiuliane Damiani Martins, 32 anos, foi encomendada, a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) trabalha com a possível participação de mais suspeitos no crime - além do adolescente de 15 anos que confessou ter efetuado os tiros e que foi apreendido em flagrante, e do suposto mandante, que foi preso temporariamente nesta sexta-feira. A dançarina foi morta a tiros praticamente na porta de casa, na Rua Visconde de Pelotas, no centro de Caxias do Sul, por volta das 16h do dia 29 de dezembro de 2020.
Segundo a delegada titular da DPCA, Thalita Andrich, dois suspeitos já foram ouvidos, mas foram liberados por falta de elementos suficientes para solicitação de prisão. Outro envolvido foi alvo de buscas dos policiais na sexta-feira, mesmo dia da prisão de suposto mandante, mas, segundo a delegada, ele fugiu de uma residência em Caxias do Sul minutos antes da chegada dos policiais. O local não foi informado. Ainda conforme Thalita, ele é foragido da Justiça e a polícia faz buscas para capturá-lo.
— Iremos trabalhar nisso nos próximos dias para que possamos entender a participação de cada um deles. Temos o adolescente que foi o executor, foi lavrada a apreensão em flagrante, e temos imagens e testemunhas disso. Contra ele não temos dúvidas, mas ele teria sido contratado por outros. São suspeitos que possam ter intermediado a contratação dele e teria um ou mais de um mandante — adianta.
No momento da captura do adolescente no dia do crime, ele portava um revólver calibre .38 com numeração raspada. Segundo a delegada Thalita, o adolescente afirmou que já possuía a arma, mas não revelou como a adquiriu. O homem preso na sexta-feira tinha forte vinculação à vítima, mas a identidade e idade não são reveladas. A motivação para o assassinato ainda não está clara.